A Fenaj deixou em sua página a versão eletrônica para download do seu Manual de Assessoria de Comunicação Imprensa 2007. Esta é a quarta edição “revista e ampliada” e conta com 45 páginas. Para baixar, clique aqui. Mas não se anime tanto: o manual poderia ser bem melhor. Rapidamente, aponto seis problemas:
- A contextualização histórica do exercício profissional em assessoria “no mundo” e “no Brasil” é apressada e até primária. Penso até que um manual como esse poderia prescindir disso, mas como ele inicia com isso…
- A seção “O que o futuro reserva” é limitada, e não traça perspectivas tão claras e confiáveis.
- No trecho do perfil do profissional, acho que a Fenaj poderia trazer dados de pesquisas que mostrem como é esse assessor no Brasil, por regiões, quem sabe por setores de atuação, etc… Além do que, esses dados permitiria pensarmos em públicos e mercados nesse segmento…
- Na parte em que o manual afirma que “assessoria de imprensa é função de jornalista”, a Fenaj relaciona trechos da legislação que regulamenta a profissão de jornalista, pinçando frases que podem sustentar uma defesa nesse sentido. Ok, mas há um problema. A Fenaj nem menciona que os relações públicas têm uma regulamentação profissional mais atual que a nossa e que eles, sim, estão tecnicamente habilitados (isto é, regulares diante da lei) para atuar na área.
- A bibliografia no final do volume não é atual, e conta com títulos que há muito deixaram as estantes das livrarias, pois estão esgotados ou superados;
- O manual traz a composição da Comissão de Jornalistas em Assessoria de Comunicação da Fenaj desde 1990. A quem interessa isso?
Pra não dizer que só falei mal, destaco dois pontos positivos no manual:
- Ele traz o novo código de ética dos jornalistas, aprovado há poucos meses;
- O manual traz um modelo de contrato de prestação de serviços que os jornalistas – enquanto assessores – podem usar.