Rogério Kreidlow desabafa em seu blog sobre a situação calamitosa que se encontra por aí, no mercado jornalístico. Suas críticas são contundentes, verdadeiras e legítimas. E revoltará mais a quem lê se souber que o autor é um garoto raro, de talento, de inteligência e sensibilidade. E se souber que o menino é jovem, bom de texto e de foto – veja e leia o blog dele! -, antenado e esforçado.
Alguém aí pode dizer: azar do mercado, azar das empresas que perdem um potencial desses…
Que nada! Azar nosso. Nosso.
Só tenho postando coisa ruim urtemamente, ô sô… Outra hora vou postar alguma coisa boa, pra variar um pouco. (Se linkasse o adsense no blog por esses dias, os anúncios seriam sobre como tratar a depressão, medalinhas milagrosas, a grande cura dos milagres e outras coisas neo-crente-charlatanistas).
O que gostaria mesmo é de poder continuar, decentemente, neste esquema de frilas, porque, editorialmente falando, rende mais resultados do que ficar preso numa redação, sem acesso a MSN (às vezes – pasmem! – até sem Web), tendo de incrementar releases sobre Dia dos Pais ou disfarçando anúncio em forma de matéria.
Como frila, negocia-se, pega-se bucha, mas pega-se caderno especial, reportagem de fôlego. O pobrema é o de sempre: todos querem ganhar muito e quase ninguém quer pagar nada. Enfim.
Obrigado pelo link aqui. Sou só mais um operário da notícia, nada demais.
Abração