democratizar a mídia: qual o seu papel?

nada de crise nos jornais

Vamos continuar com a campanha para espantar abutres!
Foram divulgados novos dados que mostram que a propalada crise dos impressos não chegou às nossas praias. Como diz o Joelmir Beting, “o fim do mundo foi adiado mais uma vez”.

Veja o que diz a matéria do Comunique-se:

Os primeiros seis meses deste ano marcaram bons números para o impresso, que teve crescimento médio de 2,3%. A afirmação é do Instituto Verificador de Circulação (IVC), órgão responsável pela auditoria de jornais e revistas no país.

De acordo com os dados, o aumento é resultado das vendas, em especial dos jornais com preço de capa entre 1 e 2 reais, que avançou 2,8%. “O bom desempenho dos jornais com esse preço é um movimento bastante importante. Este grupo inclui os principais títulos de alguns mercados regionais. No ano passado, já era perceptível um fortalecimento que se intensificou neste primeiro semestre”, explicou o presidente executivo do IVC, Pedro Martins Silva.

Veículos com custo por exemplar acima de 2 reais tiveram alta de 2,3% e o grupo de jornais vendidos por até 99 centavos teve elevação de 1,8%. Neste período, a média diária de circulação brasileira foi de 4.543.755 exemplares, o que marca novo recorde histórico para a auditoria da entidade.

uai! cadê a crise que tava aqui?

A despeito dos abutres de plantão, o segmento de revistas cresceu no Brasil no ano passado. Não foi quase nada, mas pelo menos não caiu, né? Veja a matéria de Priscila Fonseca para o Comunique-se!

Nesta terça-feira, 13, o Instituto Verificador de Circulação (IVC) divulgou os dados referentes à circulação de revistas no País durante o ano passado. Segundo os dados apresentados, esse tipo de publicação teve crescimento de 0,3% – comparando 2011 com 2010.
O IVC informa que as revistas mensais foram as que mais contribuíram para o resultado final, que registrou a “leve alta”. Os veículos publicados uma vez por mês tiveram aumento de 1,4% na circulação média. O formato – edição nova a cada 30 dias – é o mais comum no Brasil, com  154 títulos auditados pelo instituto.
Ao contrário das publicações mensais, o IVC divulga que as revistas de periodicidade semanal e quinzenal registraram, respectivamente, queda de 1,5% e 8,4% na circulação média. A segmentação por modelo de distribuição aumentou 1,6% na venda por assinatura, mas caiu 1,2% no avulso.
Apesar de alguns dos itens analisados terem fechado 2011 em declínio, o IVC considera que o resultado das revistas durante o ano passado foi positivo. A entidade avalia que o mercado de publicação impressa está movimentado. “O balanço também indica que o mercado vive momento bastante dinâmico, com surgimento de novos títulos e descontinuidade de outros já existentes”, diz o instituto.
Outro dado que contribui para a análise do IVC é a previsão de que muitas empresas de comunicação já acordaram em submeter as edições digitais das revistas para a auditoria, o que pode resultar no crescimento da circulação no fim de 2012. Sobre a digitalização dos veículos, a entidade entende que muitos editores “buscam explorar múltiplas possibilidade de segmentação do mercado ao leitor”.

cadê a crise dos jornais mesmo?

Toda vez que alguém anuncia o fim dos jornais e a crise dos impressos, afasto dois passos e olho de esguelha. Afinal, para sermos muito justos, o armagedon ainda não chegou por aqui, não é mesmo? A ruína que os abutres reverberam nos mercados norte-americano e europeu não se editou por aqui, ao menos por enquanto. Duvida? Então, veja a matéria de Anderson Scardoelli para o Comunique-se que atesta o crescimento no setor no ano passado…

O meio jornal teve crescimento de 3,5% durante o ano passado, revela os dados divulgados nesta quarta-feira, 25, pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC), órgão responsável pela auditoria de jornais e revistas no País. A maior parcela deste aumento ficou sob responsabilidade das publicações consideradas populares, aquelas que são vendidas até R$ 1, que subiu 10,3%.

As vendas em bancas, chamadas de avulsas pelo instituto, também foram destaque para o meio de comunicação impressa do Brasil. Tendo como comparação o ano de 2010, a comercialização dos jornais por este nicho teve uma elevação de 4,6% no ano passado. Segundo os números do IVC, as assinaturas também registram alta durante 2011, alcançando 2,4% de aumento.

O IVC também anunciou que a média diária de circulação de jornais no Brasil chegou perto dos 4,5 milhões (precisamente 4.443.836) de exemplares. A entidade afirmou que o número, referente ao ano passado, marca o “novo recorde histórico para a auditoria”. O registro, porém, é válido em toda a circulação paga que tem o acompanhamento do instituto. OS veículos gratuitos não foram mencionados.

Crescimento também é a palavra usada para citar como foi a situação em 2011 dos jornais vendidos de R$ 1 a R$ 2. Neste caso, no entanto, o aumento não chegou ao meio por cento, fechando o ano passado com 0,3% a mais que em 2010.  Os títulos comercializados com preço superior a R$ 2 tiveram um resultado melhor; avanço de 1,6% na circulação. A auditoria não separou estes itens em assinaturas e avulsos.

Para o presidente do IVC, Pedro Martins Silva, o crescimento dos jornais em 2011 se deve ao aumento do poder aquisitivo das pessoas e também de um melhor preparo dos responsáveis pelas redações. “Esse segmento está sendo impulsionado pelo crescimento da classe C, que ganha corpo e traz um grande volume de pessoas com melhora no poder de compra. Por sua vez, os editores estão aproveitando o momento, oferecendo produtos adequados ao novo universo de leitores. A alta registrada em todo o meio solidifica a curva favorável vista nos últimos quatro semestres”.

Quer ter uma ideia de como anda o segmento dos jornais? O IVC não audita a circulação de todos os jornais do país, mas apenas dos seus filiados, que representam mais ou menos a metade dos exemplares que saem das rotativas. Hoje, estima-se que o mercado brasileiro tenha 8,5 milhões de exemplares diários de jornais. Veja a série histórica:

Ano

Exemplares/dia auditados IVC

Variação

2011

4,44 milhões

+ 3,5%

2010

4,29 milhões

+ 1,9%

2009

4,21milhões

– 3,4%

2008

4,35 milhões

+ 5%

2007

4,14 milhões

+ 11,8%

2006

3,70 milhões

+ 6,5%

2005

3,48 milhões

+ 4,1%

2004

3,34 milhões

+ 0,8%

2003

3,31 milhões

– 7,2%

2002

3,55 milhões

– 9,1%

2001

3,87 milhões

– 2,7%

2000

3,98 milhões

+ 8,81%

como adolescentes se comunicam?

Surgiu um estudo recente da Ericson sobre como os adolescentes norte-americanos se apropriam de tecnologias para se comunicar. A pesquisa leva em conta 2 mil entrevistas online feitas com sujeitos de 13 a 17 anos. A amostra representa uma fatia de 20 milhões de pessoas nessa faixa etária, afirma o estudo. Alguns resultados:

  • Mandar textos pelo celular é legal, mas não substitui contato presencial
  • Videochat é uma tendência crescente
  • O telefone celular é uma ferramenta social
  • Adolescentes e adultos usam o Facebook de forma diferente

Quer ver o estudo na íntegra, clique aqui.
(em inglês, 12 páginas, em formato PDF e arquivo de 498 Kb)

hackerismo e jornalismo

A revista Comunicação & Sociedade acaba de lançar nova edição, onde publica uma resenha minha sobre “Hackear el periodismo”, livro do jornalista argentino Pablo Mancini.

A obra é instigante, cheia de insights e marcadamente preocupada com a busca de novos papeis para o jornalismo. Vale a leitura.

Reproduzo a resenha, mas a edição completa da revista pode ser acessada aqui.

Hackerismo e Jornalismo

Os meios de comunicação ajudam a cristalizar um equívoco quando usam o termo “hacker” para designar vândalos cibernéticos e criminosos digitais que violam sistemas, roubam dados, picham sites. Até veículos especializados cometem esse deslize, e isso ficou evidente mais uma vez com a onda de ataques a páginas eletrônicas do governo brasileiro em junho passado: as invasões foram atribuídas a “hackers”.

Teria sido uma derrapada não fosse o fato de que há quase três décadas um livro reposicionava os hackers como protagonistas na história da informática. Em 1984, Steven Levy já os chamava de “herois da revolução na computação”. Compreender esses personagens significa não apenas evitar jogá-los na vala comum dos marginais, mas entender aspectos importantes da lógica que orientou a busca pela excelência tecnológica e a emergência de uma cultura de colaboração no trabalho e de compartilhamento de arquivos e conhecimentos.

Em “Hackear el periodismo: manual de laboratório”, o jornalista argentino Pablo Mancini se vale do conceito por trás desses personagens para discutir os limites atuais para o jornalismo numa nova ecologia comunicacional. Gerente de Serviços Digitais do Clarín Global, Mancini está atento aos movimentos do setor para buscar a sustentabilidade de projetos midiáticos e o redesenho das práticas informativas. As ilustrações a que recorre são exemplares, e o livro é recentíssimo – chegou ao público em abril de 2011.

Evocando Levy (1984) e Himanen (2002), Mancini se apressa a aliviar a carga semântica negativa sobre o termo. Com os autores que sistematizaram uma ética hacker, lembra que existem hackers em todas as profissões e não apenas na computação, e o que os define é uma predisposição de buscar a excelência com métodos pouco ortodoxos, inexplorados e inovadores. São personagens que se apoiam em valores como paixão, liberdade, consciência social, verdade e integridade; e se orientam para o livre acesso à informação e ao conhecimento. Portanto, compartilham o que sabem, buscam soluções para sua comunidade, facilitam o acesso e contornam dificuldades. Hackers são naturalmente curiosos e criativos, e perseguem o aperfeiçoamento de práticas, procedimentos e sistemas. É neste aspecto que Pablo Mancini aproxima hackerismo de jornalismo. Essa indústria está atravessando um período intenso de transformações que ensejam soluções, reconfigurações e reprogramações. Daí que necessita de “profissionais com uma visão estratégica que estejam à altura do mercado: hackers que se apropriem dos desafios e possam desenhar as soluções que os meios e a profissão precisam para se reinventar” (2011: p.16).

Para Mancini, hackear o jornalismo é trabalhar para aperfeiçoá-lo tecnicamente, é conjugar esforços para apontar saídas para sua manutenção como negócio viável, é operar para melhorá-lo como prática socialmente útil.

O autor propõe quatro portas para se entrar no núcleo funcional e hackear o jornalismo: tempo, audiência, valor e organização. Mancini despe-se de pretensões totalizantes, advertindo que não se trata de lei ou teoria, mas de uma proposta de análise e ação. Para ele, esses quatro aspectos são chaves das mudanças nas fábricas de notícias. Podem ser analisados separadamente, mas articulá-los em pares ou em quadratura auxilia uma visão mais ampla das transformações sem precedentes sofridas por essa indústria.

O diagnóstico não parece exagerado, afinal, como descreve o autor o tempo de consumo das informações já não é mais o mesmo; a audiência tem novas práticas junto aos meios; o valor das informações é também agregado de fora das redações; e os fluxos corporativos estão sendo reformulados. Com isso, se todas as coordenadas foram alteradas, o jornalismo também precisa de um novo endereço.

Com uma superoferta de informações, os meios de comunicação acabaram dilatando o período de consumo de seus produtos. Se antes a audiência se encaixava em janelas de tempo – o horário nobre da televisão, as horas da manhã para a leitura dos jornais… -, agora, o público não fica mais confinado nesses intervalos. A audiência não está mais em nenhum lugar porque ela flui, atravessa os meios, é turista dos suportes. Aliás, Mancini critica a obsessão das empresas pelos suportes, o que as estaria arruinando. “Se o conteúdo é transmídia, os meios serão pós-suporte” (op.cit.: p.34). Por isso que “o tempo da audiência está hackeando a incapacidade e a resistência à mudança que reina e governa a maioria das organizações jornalísticas” (op.cit.: p.24). A saída, segundo Mancini, é produzir brevidades, informações em pílulas, sob o mantra do “menos é mais”, de forma a capturar as fluídas audiências.

Aliás, os públicos vêm dotados de outras potencialidades. Em tempos como os nossos, as audiências são agentes também da distribuição dos conteúdos dos meios, algo que antes era prerrogativa exclusiva dos jornalistas e veículos. Os amadores2 tomam a Bastilha, geram material, intrometem-se no processo produtivo dos meios de comunicação, clamam por mais espaço de participação/interação. Para Mancini, não se trata de falar de prosumers, de jornalismo cidadão ou seus arredores. Está nascendo um novo animal midiático, capaz de “mudar a cadeia alimentar de uma ecologia até então endogâmica e autorreferencial” (op.cit.: p.41). A audiência tem o controle do tempo agora, é “a medula e o motor da distribuição de conteúdos”, o que causa tremores nas redações. Sistemas de reputação e recomendação online e audiências desdobradas em algoritmos assumem papeis cada vez mais determinantes na equação comunicativa.

Se a audiência não é mais um rebanho, compara Mancini, os meios também não podem se comportar como cardumes. Buscar se destacar das muitas opções é essencial para sobreviver. A homogeneidade gera a invisibilidade. A superabundância das informações acaba esvaziando parte do valor das próprias informações, seguindo uma lei econômica. O valor não vem mais apenas dela mesma, mas de outras fontes. Está em outra parte. Outro fator problematizador é que os produtos e serviços jornalísticos não são mais apenas lidos, vistos ou ouvidos. São também utilizados, pontua Mancini, trazendo à tona uma dimensão ainda pouco avaliada no setor: o valor de uso da informação.

Se o tempo, a audiência e o valor já não são mais os mesmos, a empresa jornalística também não pode se manter como está, sentencia o autor. É preciso reorganizar-se, o que não se traduz em reposicionar o mobiliário nas redações. Estão em jogo a eficiência das equipes e o valor do que elas produzem. No debate sobre integração de redações, planejamento versus experimentação, ganham mais força os movimentos para a inovação e o redesenho do jornalismo. “Nunca esteve tão claro que o capital dos meios são sua marca e seus recursos humanos (…) O desafio é extremo: depois de décadas otimizando modelos de negócios, agora temos que pensar os modelos produtivos” (op.cit.: p. 109). Mancini se pergunta se é possível produzir novos produtos em velhas fábricas. A saída não é única, e os caminhos apontados pelo autor vão desde a curadoria de conteúdos ao modus operandi da indústria dos games, da prática do remix – ao estilo dos Djs – à combinação bem equilibrada de habilidades e atitudes individuais e coletivas. Interessa é rearranjar a maneira de trabalhar o jornalismo, atuar para romper com modelos engessantes.

À guisa de conclusão, Mancini cita três iniciativas que estão hackeando o jornalismo: o WikiLeaks – site de vazamentos informacionais de governos e corporações -, o Huffington Post – portal onde a audiência é crucial para a criação do valor da informação – e o Newser – que oferece um redesenho da notícia, tendo a brevidade como valor agregado sobre o conteúdo. O que têm em comum esses exemplos? Têm funcionalidades disruptivas, rompem padrões e ajudam a reprogramar o jornalismo. Seu DNA está contaminado por fluidez, flexibilidade e originalidade, elementos raros na espécie.

Então, Pablo Mancini tem todas as respostas? Claro que não. Aliás, seu “Hackear el periodismo” pode frustrar o leitor ao final, já que deixa uma grande quantidade de perguntas sem respostas. As lacunas podem ser atribuídas à despretensão, à impotência ou à impossibilidade de resolvê-las agora. Mancini não oferece um necrológio da crise do jornalismo, mas um manual de laboratório. Parece pouco, mas propor que se mexa os braços é um bom começo para não afundar.

Referências bibliográficas

HIMANEN, Pekka. La ética del hacker y el espíritu de la era da la información. Barcelona: Destino, 2002

JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2008

KEEN, Andrew. O culto ao amador. Rio de Janeiro: Zahar, 2009

LEVY, Steven. Hackers, heroes of the computer revolution. New York: Delta, 1984

MANCINI, Pablo. Hackear el periodismo. Buenos Aires: La Crujía/Futuribles, 2011

steve jobs não é o único

Não foi necessariamente uma surpresa a renúncia de Steve Jobs do comando da Apple. Já se sabia que mais dia menos dia ele deixaria a cadeira para cuidar de assuntos bem mais urgentes que o IPad 3 ou qualquer outra traquitana hightech. São evidentes e indeléveis as marcas dele nos resultados da Apple e na história recente da tecnologia, mas sua saída provocou uma comoção virtual nos blogs e redes sociais.

Calma, gente! O Steve Jobs não morreu! Só pegou o seu boné e foi fazer computação em nuvem!

Bem, e ele não é o único a limpar as gavetas. O António Granado informa que Jim Romenesko, nome importante da blogosfera, também vai se aposentar

(Aliás, ontem, um piadista já anunciava no Twitter: “Steve Jobs deixa a Apple e muda de nome. Vai passar a atender por Steve Vacations”…)

 

mas, afinal, por que as pessoas compartilham?

Alguém por aí já disse que to share é um dos verbos do momento. Sim, compartilhar está na moda. Compartilhar vídeos, fotos, músicas, textos, livros, enfim, todo tipo de conteúdo online. Atitudes simples de dividir têm modificado hábitos de consumo, têm provocado terremotos na indústria dos bens simbólicos e têm feito muita gente queimar as pestanas para responder porque isso acontece.

The New York Times Customer Insight Group, a divisão de pesquisas de marketing do jornal mais influente do mundo, produziu um estudo sobre o que vem chamando de Psicologia do Compartilhamento (Psicology of Sharing).

Para reforçar o tema, vou compartilhar com vocês o estudo
(18,6 Megas, 47 páginas, em inglês e no formato PDF).

princípios editoriais da globo: um debate

Na semana passada, participei com Eugênio Bucci, Leonel Aguiar e Alberto Dines de um debate no programa de TV do Observatório da Imprensa. O tema foi o documento das Organizações Globo que estabelece os princípios editoriais do grupo. O programa do Observatório é transmitido pela TVBrasil nas noites de terça-feira (hoje tem!) e depois fica disponível na internet.
A seguir, o debate sobre as diretrizes globais, em três partes.

Parte 1 de 3

Parte 2 de 3

Parte 3 de 3

cadê a crise que tava aqui?

Certamente, você já ouviu falar que as tiragens dos jornais estão despencando, que as verbas publicitárias evaporaram, que o jornalismo está morrendo à míngua e que o mundo vai acabar em 2012. Pois é, mas não é bem assim não… pelo menos no Brasil.

Na verdade, na verdade, os proprietários de jornais estão rindo de orelha a orelha.

No primeiro semestre de 2011, a circulação de jornais foi recorde: 4,4 milhões de exemplares por dia, conforme números auditados pelo Instituto de Verificação de Circulação (IVC). Se se considerar os jornais que não são acompanhados pelo IVC, a quantidade pode chegar a 8 milhões, estima o mercado. E se você multiplicar cada exemplar por quatro – que é uma média aceita de leitores por produto -, chegaremos a uma fatia de 32 milhões de leitores de jornal por dia no país.

Não fosse só isso, já seria boa notícia. Mas tem mais. O setor calcula que, de 2004 até a primeira metade deste ano, a circulação tenha crescido 32,7%, quase um terço a mais!

Não é à toa que os donos de jornais devem estar gargalhando. Tanto é que a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) não se conteve e publicou anúncio dando esses mesmos dados nos maiores diários brasileiros esta semana. Vá comparar esse desempenho com os mercados europeus e norte-americano…

the end of the world

É assim. Você é bilionário, tem um punhado de jornais como quem tem uma porção de bazares. Aí, você usa um deles pra fazer um pouco de serviço sujo, como escutas ilegais, chantagem, manipulação e distorção. Quando descobrem, você simplesmente se livra do problema, fechando o jornal, demitindo todo o mundo… Claro que com essa história, literalmente, Rupert Murdoch provoca o fim do World…

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comunicação no mundo ibero-americano: evento!

Suzana Rozendo avisa:

Media Studies and Communication – Research Approaches and Economical Analysis
Call Especial: Situação e Perspectiva da Investigação em Comunicação no espaço Lusófono e Ibero-americano

Prazo de submissão: 26 de Junho

A sessão especial de trabalho sobre a situação e perspectiva da investigação em comunicação no espaço ibero-americano está inserida na conferência ‘Media Studies and Communication – Resear​ch Approaches and Economical Analysis’, organizada pela Association d’Econométrie Appliquée, com a colaboração do CETAC/Universidade do Porto e do CIMJ/ Universidade Nova de Lisboa, que se vai realizar nos dias 8 e 9 de Julho de 2011, na Universidade do Porto, na Praça Coronel Pacheco.

Esta conferência internacional (101ª edição) apresenta um quadro de análise sobre perspectivas transversais aos aspectos relacionados com a actividade da comunicação e media, incluindo abordagens sobre a indústria.

Irão estar presentes investigadores provenientes de 15 países que apresentarão pesquisas desenvolvidas sobre os temas em causa, incluindo abordagens qualitativas e quantitativas. De entre os vários temas considerados, destacam-se:

– Concentração e regulação da indústria dos media,

– Globalização e efeitos na comunicação mediática,

– Impacto das TIC, disrupção e modelos de negócio dos media,

– Estudos de audiências e os efeitos no negócio dos media.

Esta sessão especial – cujos papers poderão ser apresentados em português ou castelhano – pretende estimular a apresentação de trabalhos que abordem temas transversais ao sector da comunicação, realizados por investigadores provenientes de geografias lusófonas e ibero-americanas.

Com este quadro em perspectiva, convidamos-vos a efectuar as vossas inscrições através do site da associação internacional (www.aea-eu.com/2011Porto). Para informações complementares poderão obter esclarecimentos através do seguinte email: faustino.paulo@gmail (Paulo Faustino – Representante Local).

 

 

 

 

 

 

autorregulação de jornais é positiva, mas insuficiente

A Associação Nacional dos Jornais (ANJ) alterou seu estatuto e lançou o seu programa permanente de autorregulamentação, com a indicação de boas práticas para as empresas do setor.

A ideia foi bem recebida por setores acadêmicos, mas é pouco, conforme se pode ler na reportagem que Gilberto Costa fez para a Agência Brasil.

jornalismo e inovação: evento na califórnia

Clique abaixo e acesse para mais informações:

diário catarinense, 25 anos

O jornal de maior circulação em Santa Catarina completou hoje 25 anos.
Numa época em que diversos abutres sobrevoam os jornais impressos, o jubileu do Diário Catarinense é uma notícia que exibe parte do vigor dessa indústria.
A exemplo de outros casos, o DC produziu um vídeo para celebrar a data, mostrando um pouco do seu processo produtivo. Marketing à parte, vale “visitar” a rotina de um jornal diário nesses tempos de notícia full time.

ma che justiça é essa?

Em Florianópolis, a Tim teve 233 queixas não respondidas no Procon este ano. A operadora também tinha recebido oito multas e não pagou nenhuma. Aí, o Procon foi lá e determinou que a operadora não poderia ter a adesão de nenhum novo cliente por 48 horas. Mesmo assim, a Tim desobedeceu: vendeu um chip para um fiscal do Procon, que não se identificou. Aí, o Procon foi e multou a Tim em R$ 1 milhão. A mídia e a população adoraram a medida. A Tim entrou com pedido de liminar e um juiz deu o que operadora pediu. Segundo o juiz, o Procon foi exagerado.

Então, tá!

nova revista sobre comunicação e tecnologias

   Já está circulando na rede o primeiro número da revista Tinta Electrónica, voltada para temas da comunicação e das novas possibilidades tecnológicas. A publicação é editada pelos jornalistas Sandro Medina Tovar (do Peru) e Emiliano Cosenza (da Argentina), e na edição de estreia traz textos de Mario Tascón (Espanha), Pedro Jerónimo (Portugal), Anderson Paredes (Venezuela), María Pastora Sandoval (Chile), Martín Fernández (Argentina), Rolly Valdivia Chávez (Peru), Susana Morán (Equador), Lina Ceballos (Colômbia) e Gerardo Albarrán de Alba (México).

A publicação está no formato PDF, é fácil de baixar, e deve sair sempre em abril, agosto e dezembro. O número 1 tem 28 páginas e o layout é bem modesto, talhado para facilitar a leitura do conteúdo. O tema de abertura da nova revista eletrônica é “Fazer jornalismo num novo ecossistema informativo”.

Para saber mais sobre a revista, leia a entrevista que a jornalista Esther Vargas fez com Sandro Medina. Para baixar, clique aqui.

jornalismo, política e negócios

A edição de janeiro-março da revista Jornalismo & Jornalistas, editada pelo Clube dos Jornalistas português, aborda ao menos dois aspectos delicados das relações da atividade profissional com seus entornos sociais: o político e o econômico. No primeiro, faz um relato do seminário Media, Jornalismo e Democracia, promovido em novembro em Lisboa. O evento foi realizado pelo Centro de Investigação Media e Jornalismo (CIMJ). Depois, a J&J volta fazer uma pergunta incômoda mas necessária: que modelo de negócio se deve adotar para sobreviver? A questão ecoa os movimentos do 2º Congresso Internacional de Ciberjornalismo, que aconteceu no Porto em dezembro passado.
Ficou interessado? Então, baixe a revista aqui e confira.

empresa jr na ufsc

Diversos cursos de Comunicação no país já contam com suas agências júniores, que são iniciativas com o claro propósito de aproximar ainda mais as atividades de formação acadêmica com as rotinas do mercado de trabalho. A partir de agora, o curso de Jornalismo da UFSC também terá sua agência: é a Comunica!, autointitulada “a primeira agência júnior de jornalismo de Santa Catarina”.

O evento de inauguração acontece hoje à noite, a partir das 18h30, no auditório do Centro Socio-Econômico (CSE-UFSC). Palestra com Mario Motta, que atua em rádio, TV, jornal e web no Grupo RBS.

Sucesso!
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liberdade de expressão e autorregulação: novos livros

A representação da Unesco no Brasil lançou hoje três novas publicações sobre o sistema midiático brasileiro. Os textos foram produzidos em parceria com a Fundação Ford, e fazem parte da série Debates em Comunicação e Informação.

O Ambiente Regulatório para a Radiodifusão: uma Pesquisa de Melhores Práticas para os Atores-Chave Brasileiros, assinado por Toby Mendel e Eve Salomon, é uma análise da situação regulatória do sistema nacional em comparação com África do Sul, Alemanha, Canadá, Chile, França, Estados Unidos, Jamaica, Malásia, Reino Unido e Tailândia.

Liberdade de Expressão e Regulação da Radiodifusão, dos mesmos autores, reflete sobre “a centralidade da regulação para a proteção, a promoção e a garantia do direito de receber, buscar e transmitir informações, ideias e opiniões.

Andrew Puddephatt é o responsável por A importância da autorregulação da mídia para a defesa da liberdade de expressão que sintetiza as intersecções do tema com a prática do jornalismo, com os princípios editoriais e com as estratégias de Responsabilidade Social Empresarial.

folha 90 continua narcisista

A Folha de S.Paulo fez 90 anos e é ainda o jornal mais influente do país.

Para marcar a data, abriu seu acervo para consultas gratuitas na internet. Pelo menos, por enquanto. Também colocou seus colunistas para falarem do jornal e relatou as mudanças pelas quais o periódico passou nos últimos tempos. Narcisista e ensimesmada, a Folha transforma tudo em marketing em massagem ao seu enorme ego. Isso fica evidente em algumas mancadas, como esta: uma ótima ideia do jornal foi reunir seus ombudsman – nove dos dez já existentes – e permitir uma análise do jornal. Ideia boa, né? Um pouco disso está aqui. Mas a Folha também produziu um videozinho sobre a ocasião. Se você pensa que verá os ombudsman descendo o pau no jornal ou arriscando uma crítica mais ácida, esqueça. O vídeo é uma peça de propaganda, altamente promocional… Uma pena!

o congresso e o monopólio na mídia

Será que agora vai? Será que vão mexer neste vespeiro agora?

Veja a matéria do Portal Imprensa:

STF determina que Congresso tem de se posicionar sobre monopólio da comunicação

A Advocacia-Geral da União e da Procuradoria-Geral da República também serão interpeladas sobre o tema pelo STF por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 10, encaminhada pelo PSol.O Supremo Tribunal Federal (STF) quer saber o posicionamento do Congresso Nacional a respeito do monopólio da comunicação no país.
O objetivo da ação é fazer com que o STF determine ao Congresso Nacional a regulamentação de três artigos da Constituição Federal (220, 221 e 223), referentes à proibição do monopólio e do oligopólio na comunicação; o cumprimento de princípios que devem nortear a programação em rádio e TV; além da regulação do direito de resposta.
Segundo informa o tele.síntese, ao despachar a decisão no final do ano passado, a ministra Ellen Gracie determinou a solicitação de informações ao Congresso Nacional, “que poderão ser prestadas no prazo de 30 dias”. Determinou, ainda, “abra-se vista sucessiva ao Advogado-Geral da União e ao procurador-geral da República, para que se manifestem, cada qual, no prazo de 15 dias”.

 

comunicação: um panorama nacional

Retransmito convite do IPEA:

“o jornal do brasil que nós amávamos”

o globo: uma campanha demais!

Você pode achar que O Globo não é lá um grande jornal.

Você pode torcer o nariz para a TV Globo.

Você pode nem passar por perto do G1.

Não importa. Este anúncio não é novo, mas é demais!

folha muda. veja como

A Folha de S.Paulo está fazendo um estardalhaço para as mudanças editoriais e gráficas que inaugura amanhã. Cadernos mudam de nome e de tamanho. Brasil vira Poder. Dinheiro vira Mercado. Mais! vira Ilustríssima. Informática vira Tec. O caderno Esportes vira tabloide, e por aí a coisa vai… Tem mudança de fontes e cores. Tem integração das redações das versões impressa e online… Tem redefinições editoriais e adoção de manuais específicos para cada editoria…

Ana Estela de Sousa Pinto reuniu sete vídeos que contam as mudanças que vêm sendo estudadas por mais de vinte pessoas desde setembro do ano passado. Vale ver!

A reforma da Folha vem logo depois da do concorrente direto, o Estado de S.Paulo, e vem numa onda de novos redesenhos na mídia impressa nacional. Transições, mudanças, transformações…

congresso de ciberjornalismo no porto faz chamada de trabalhos

Reproduzo o comunicado lançado há pouco:

A organização do II Congresso Internacional de Ciberjornalismo, marcado para 09 e 10 de Dezembro de 2010 na Universidade do Porto, convida os investigadores interessados a remeter, até 15 de Julho, propostas de comunicações a apresentar no Congresso.

As comunicações deverão versar sobre Ciberjornalismo, com especial preferência pelos tópicos deste II Congresso:
– Modelos de negócio para o jornalismo na Internet
– Redes sociais e ciberjornalismo

As propostas devem ser enviadas para obciber@gmail.com, em Português, Espanhol ou Inglês. Cada proposta deve contemplar uma descrição de 400 a 500 palavras, que inclua, designadamente, o tópico e relevância do mesmo, hipótese ou argumento, moldura conceptual e metodológica, resultados previstos e até 5 palavras-chave. Cada proposta deve ser acompanhada de uma folha de rosto separada, para blind-review, apenas com nome(s), filiação institucional e endereços postal e electrónico do(s) autor(es).

As propostas serão avaliadas pelos membros da Comissão Científica do Congresso, devendo o resultado ser comunicado a todos os autores até 15 de Setembro.

Os autores das propostas aprovadas comprometem-se a enviar as comunicações completas até 31 de Outubro. As melhores comunicações serão publicadas na revista Prisma.com – http://prisma.cetac.up.pt/.

As taxas de inscrição são iguais às praticadas no I Congresso – http://cobciber.wordpress.com/inscricao/.

O Congresso é organizado pelo Observatório do Ciberjornalismo (ObCiber) e pelo Centro para as Ciências da Comunicação (C2COM) da Universidade do Porto.

O programa do Congresso, em preparação, incluirá intervenções, já confirmadas, dos Profs. Marcos Palacios (Universidade Federal da Bahía), Elvira García de Torres (Universidad Cardenal Herrera), João Canavilhas (Universidade da Beira Interior) e Helder Bastos (Universidade do Porto).

a porta dos fundos e o ralo

Dois números mostram dados do cotidiano jornalístico brasileiro e norte-americano. São informações aleatórias, mas sinalizam a precariedade do negócio jornalismo nos últimos tempos.

  • 1098 é o número de registros profissionais emitidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para quem não tem diploma na área, desde a decisão que derrubou a obrigatoriedade de diploma para exercer o jornalismo.
  • 8,7% é o tamanho do tombo da circulação dos jornais norte-americanos nos últimos seis meses, até o final de março.

Jornalismo, seu sobrenome é crise…

a crise dos jornais chegou ao brasil?

Notícia veiculada hoje no Meio & Mensagem coloca mais fogo na fogueira que discute o futuro do jornal como negócio viável no ambiente pós-mídia. A matéria é assinada por Alexandre Zaghi Lemos, e reproduzo abaixo:

CIRCULAÇÃO DOS MAIORES JORNAIS BRASILEIROS CAIU 7% EM 2009!

Caiu 6,9% a circulação somada dos 20 maiores jornais diários brasileiros em 2009. Apenas seis conseguiram melhorar seus desempenhos de acordo com dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC). São eles: Daqui (31%), Expresso da Informação (15,7%), Lance (10%), Correio Braziliense (6,7%), Agora São Paulo (4,8%) e Zero Hora (2%). Mantiveram-se estáveis Correio do Povo, A Tribuna e Valor Econômico, que encerraram o ano passado com circulações bem próximas às do fechamento de 2008.

Onze títulos viram seus números encolherem durante 2009. Os dois que mais caíram foram os do Grupo O Dia, do Rio de Janeiro: O Dia (-31,7%) e Meia Hora (-19,8%). Também tiveram quedas Diário de S. Paulo (-18,6%), Jornal da Tarde (-17,6%), Extra (-13,7%), O Estado de S. Paulo (-13,5%), Diário Gaúcho (-12%), O Globo (-8,6%), Folha de S. Paulo (-5%), Super Notícia (-4,5) e Estado de Minas (-2%).

Não houve alterações significativas nas posições do ranking, a não ser a evolução contínua de títulos populares como o Dez Minutos, de Manaus, que estreia na 17ª posição, com média diária de 60 mil exemplares – não considerados na conta de queda de 6,9%, pois foi lançado no final do ano passado.

A liderança continua com a Folha de S. Paulo (média diária de 295 mil exemplares), seguida por Super Notícia (289 mil), O Globo (257 mil) e Extra (248 mil). Em quinto lugar está O Estado de S. Paulo (213 mil), à frente do Meia Hora (186 mil) e dos gaúchos Zero Hora (183 mil), Correio do Povo (155 mil) e Diário Gaúcho (147 mil). O top 10 se completa com o Lance (125 mil).

Me chama a atenção a queda na circulação de jornais que antes sustentavam a indústria por aqui, notadamente o Meia Hora, o Extra, o Diário Gaúcho e o Super Notícia. Eles fazem parte de um segmento que a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) chamou de “populares de qualidade”, associados a jornais de rápida leitura, com venda exclusiva em bancas, a preços abaixo dos 2 reais, e com linguagem direta e chamativa.

Pois bem, se os “populares de qualidade” eram a última resistência diante da alardeada crise dos jornais impressos no mundo, a indústria brasileira pode estar ingressando o ano num período duro para sua sobrevivência. Além da crise financeira mundial e da emergência voraz das redes sociais e de formas de informação gratuitas, um outro fator poderia contribuir ainda mais com a queda nas tiragens: a expansão da banda larga entre usuários comuns domésticos… É a tal regra dos 30%, onde se sinaliza que quando um mercado atinge esse patamar de cobertura de banda larga, os jornais começam a sofrer.

Se a regra dos 30% funcionará por aqui e se os jornais estarão amargando o início de uma crise sem precedentes, ainda não se sabe. O que se sabe é que é cada vez mais urgente uma revisão não apenas da sustentabilidade desses segmentos informativos, mas sua própria função dentro de um contexto de consumo midiático como o que temos hoje em dia…

convergência e direito: um dossiê

O Observatório de Direito à Comunicação acaba de lançar na rede o primeiro de uma série de documentos especiais que muito ajudam a compreender o setor de comunicações no Brasil. O primeiro dossiê tem o título A convergência tecnológica e o direito à comunicação, e articula de forma didática e bem estruturada as relações entre os avanços das plataformas, os impactos a que os meios convencionais estão expostos e a organização dos meios de comunicação nacionais em meio a essas modificações.

O dossiê tem 28 páginas, em português, formato PDF, e é assinado por Jonas Valente. O material pode ser baixado aqui.

O documento é interessante pela abordagem – o direito à comunicação não pode se esvaziar diante dos avanços tecnológicos – e oportuno. Afinal, neste mês, acontece em Brasília a primeira Conferência Nacional de Comunicação, ocasião histórica para se discutir diversos aspectos sobre o setor no país.