a greve de fome de evo morales

Democracias consolidadas, com instituições sociais funcionando plenamente, com alternância de poder e muita liberdade funcionam assim:

a) O presidente tenta aprovar uma lei no congresso nacional

b) A oposição tranca a pauta, vocifera e impede a votação

c) O presidente reúne suas bases, rearticula as forças, e… faz beicinho

d) A oposição dá de ombros

e) O presidente começa uma greve de fome para forçar a aprovação da lei.

Detalhe: a lei é para permitir eleições gerais este ano, e para que o presidente se reeleja. Legítimo? Inteligente? Maduro? Apelativo?

Na Bolívia, Evo Morales tomou essa importante decisão. Você acha que ele vai morrer de fome? Claro que não. Acha que vai conseguir o que quer? Não sabemos. Mas, convenhamos, é ridículo.

Política não se faz assim, com chantagem emocional, com populismo barato, à base de chá de coca, água e balas.

A última vez que um político sério apelou para o mesmo artifício foi quando Antony Garotinho também fez greve de fome em 2006 em protesto à “perseguição” que sofria da mídia, de opositores e do sistema financeiro. Na época, torci muito por Garotinho. Eu insistia: Não desista! Não coma nada! Não desista! Vá até o fim!!!!

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