Até algumas semanas, os grandes meios de comunicação defendiam a revogação completa da Lei de Imprensa. Vociferavam contra o arbítrio da “lei da ditadura”, cuspiam no dispositivo. Num passe de mágica, os proprietários de jornais e revistas mudaram de posição e passaram a defender uma outra lei. Isto é, a ANJ e a ANER alinharam-se, por exemplo, ao pensamento e aos esforços da Fenaj.
Quer ver?
Então, leia o editorial de hoje da Folha de S.Paulo ou ainda leia artigo que a presidente da ANJ, Judith Brito, publicou em O Globo, em 31 de março. O curioso é que os donos dos jornais insistem para uma lei que coloque regras claras para o direito de resposta, mas se queixam quando juízes concedem esse direito. Duvida? Então, veja nota oficial assinada pelo vice-presidente da entidade, Julio Cesar Mesquita, “repudiando o abuso do direito de resposta”.
Não entendeu? Achou contraditório? Não seja inflexível, obtuso. As cúpulas dos meios de comunicação lutam por liberdade de imprensa, digo, liberdade de empresa. Aliás, hoje é o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.