“O apressado come cru”. É o que diz o velho ditado. E ditados são como o azar: não costumam poupar ninguém.
A célebre editora argentina La Crujía, especializada em livros de comunicação, correu com alguns de seus títulos para lançá-los a tempo da 37ª Feira Internacional do Livro de Buenos Aires, que acontece de 20 de abril a 9 de maio. A toque de caixa, colocou na gráfica uma série de novos livros, mas em ao menos um deles o editor seguiu a lei de Murphy: “Javier Darío Restrepo: periodismo y pasión”, coletânea de textos do jornalista colombiano que é um dos maiores especialistas em ética jornalística do continente.
Atendendo à pressa dos editores, os funcionários da gráfica conseguiram terminar a impressão a tempo de ser lançado nos primeiros dias da feira. Mas um único detalhe embarcou toda a edição: um “s” a mais no nome do veterano jornalista obrigou uma segunda impressão. Restrepo aparece como “Restrespo” na capa e nas folhas de rosto.
Erros acontecem, é verdade. A ironia é Restrepo ser um dos mais evidentes defensores da qualidade no jornalismo…
Caro Rogério, estou pasma, mais uma vez.
Um erro grave, para quem trabalha com editoração e revisão.
Por essa razão, muitos escritores preferem recorrer a um especialista, na área, antes de encaminhar seu livro para uma editora.
Como trabalho com editoração e revisão de livros, sei o que é ver um autor sentir-se frustrado, ao ver um erro desses: é uma verdadeira bomba, que trará sérios problemas emocionais e financeiros.
– E a responsabilidade da editora?
– E o dano moral?
Estou a pensar em tudo isso.
Um abraço.
É, eu sei, Eliana. Mas acontece, né? Infelizmente, acontece com frequência cada vez maior… só fiz o post para fazer um registro mesmo… os livreiros nem estavam comercializando o título naquelas condições. A gráfica prometeu nova fornada nesta semana… abs