Este blog existe desde maio de 2005 e há cinco anos está “pendurado” no wordpress, de onde já disparei 1999 posts. Este que o leitor tem diante dos olhos é o de número 2000, o que me impulsiona a pensar um pouquinho sobre o gesto de blogar. Desde que comecei, as coisas mudaram. No começo, escrevia quase que desesperadamente. Eram vários posts por dia, tentando dar conta das experiências online que ficavam cada vez mais ricas e múltiplas. O blog era efetivamente um diário de quem ricocheteava pela efervescente internet…
Não era à toa que eu havia escolhido batizar o lugar com um gerúndio. E não só: tinha optado por um verbo que está ligado ao olhar, ao capturar, ao vigiar… eu achava ser necessário monitorar o que estava acontecendo no universo das comunicações online, como se pudéssemos reter os movimentos.
Com o tempo, a frequência da escrita foi diminuindo, chegando à média de uma postagem diária, o que me levava a refinar o que poderia ser compartilhado. Assim, eu alternava posts mais pessoais com a replicação de conteúdos que julgava interessantes, como livros, filmes, músicas, eventos, vídeos. O diário compulsivo deu lugar a uma vitrine, uma prateleira de coisas úteis e interessantes.
A chegada de Twitter e Facebook, e o atoleiro de compromissos em que me meti desde 2011 têm feito com que o blog sofra algumas interrupções e fique meio à deriva. Já confessei que pensava até mesmo em desativar, por honestidade com alguns leitores ou mesmo pela simples tentação de não ter mais com o que se preocupar. Mas desisti. Gosto demais da possibilidade de ter uma frestinha na grande rede para soprar algumas das coisas que penso e julgo partilháveis. Talvez seja vaidade, talvez seja a teimosia da escrita. Talvez você, leitor, que me acompanha em algum momento, possa me explicar. Deixe o seu comentário então…