as coisas vão se normalizando

Este blog mudou bastante a sua rotina nas últimas três semanas.

Em 18 de novembro, eu deixava um post em que prometia “na medida do possível” contar aqui e no Twitter o que estava acontecendo de mais interessante no 6º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo. Pois é, não deu. Em São Bernardo do Campo, tive diversos problemas de conexão, além da correria habitual desses eventos curtos em que a gente revê muitos amigos, quer acompanhar todos em suas programações e aí falta tempo até pro banho…

Voltei de São Paulo com a cabeça em Santa Catarina, afinal a chuvarada que iria se transformar num dilúvio já tinha começado. Relatos de casa davam conta de que as aulas haviam sido canceladas e que não havia previsão de tempo firme. Cheguei no sábado, 22, e no domingo aconteceu a enchente. Deixei minha casa por quatro dias e a vida online ficou mais à deriva ainda.

Só consegui consultar caixa postal, feeds e blog no dia 25, quando escrevi um longo post sobre as enchentes no estado. Primeiro de forma intuitiva, usei este espaço para organizar minhas idéias e meus sentimentos sobre aquilo que vivíamos. Depois, percebi que além disso, o blog serviria para avisar amigos da situação por aqui e para dar relatos deliberadamente impressionistas sobre o evento.

De forma surpreendente, as visitas a este espaço explodiram. Não que eu não saiba o quanto a tragédia tenha atraído a atenção e a curiosidade das pessoas. Mas não imaginava que um simples blog como este alcançasse a visibilidade que conseguiu nesses dias, chegando a um pico de 2146 visitas no dia 26 de novembro, um recorde para este espaço. Em média, temos 200 e poucas visitas diárias…

De lá pra cá, as coisas vêm se normalizando. A vida lá fora mostra isso, mas nossas estatísticas também, veja abaixo.

estatsss

A queda vertiginosa dos acessos aponta para o gradativo desinteresse das pessoas em ler sobre a tragédia catarinense, sobre o desastre que vitimou – pelo menos – 120 pessoas, desabrigando e desalojando outras 78 mil. Melhor assim. Que as pessoas retomem suas vidas, suas rotinas, seus cotidianos. Que Itajaí, Blumenau, Ilhota e outras atingidas passem a se reconstruir, a se reinventar, a se refazer.

Sim, é preciso ir adiante. Tenho dito com alguma insistência que é necessário continuar remando, pois ainda há rio. Que seja assim e que voltemos ao que sempre nos queixamos: a rotina.

3 comentários em “as coisas vão se normalizando

  1. Rogério,

    Muito obrigado pelas referências a Arca de Noé. Colocamos lá um link para o Monitorando em BLOGamigo…

    Seria uma honra para nós tê-lo a bordo. Já estamos em terra – “são e salvos” e a “bicharada” aos poucos vai se arriscando a ficar por mais tempo longe da Arca…

    Nossa intenção é continuar mobilizados e mobilizar toda a sociedade brasileira para virtualmente e presencialmente discutir caminhos para o fortalecimento dos Conselhos Municipais de Defesa Civil.

    Renovo o convite para que voce suba a bordo e venha direto para a Cabine de Comando.

    []’s,

    Noé
    “The Captain”

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