convergência e direito: um dossiê

O Observatório de Direito à Comunicação acaba de lançar na rede o primeiro de uma série de documentos especiais que muito ajudam a compreender o setor de comunicações no Brasil. O primeiro dossiê tem o título A convergência tecnológica e o direito à comunicação, e articula de forma didática e bem estruturada as relações entre os avanços das plataformas, os impactos a que os meios convencionais estão expostos e a organização dos meios de comunicação nacionais em meio a essas modificações.

O dossiê tem 28 páginas, em português, formato PDF, e é assinado por Jonas Valente. O material pode ser baixado aqui.

O documento é interessante pela abordagem – o direito à comunicação não pode se esvaziar diante dos avanços tecnológicos – e oportuno. Afinal, neste mês, acontece em Brasília a primeira Conferência Nacional de Comunicação, ocasião histórica para se discutir diversos aspectos sobre o setor no país.

3 comentários em “convergência e direito: um dossiê

  1. O documento pode até ser interessante, mas muito limitado, digo, limitadíssimo, pois reproduz a vulgata da convergência sob a lógica dos dispositivos, e não com a ênfase sobre o processo cultural. Aliás, o direito é um fenômeno cultural antes de mais nada.

  2. Sim, Luciano, o documento tem suas limitações, e sob à luz do que expõe Jenkins e outros, despreza o aspecto cultural. No entanto, diante de tão poucas referências nacionais sobre convergência e direito, vale conferir… abraço e volte mais vezes…

    PS – Já favoritei seu blog.

    1. Concordo com o xará Luciano. Há poucos dias atrás fiz um comentário neste sentido, quanto ao enfoque do livro “Youtube e a revolução digital” de Jean Burgess e Joshua Green que pode ser acessado em: [http://www.tiagodoria.ig.com.br/2009/11/02/o-que-o-youtube-esta-matando/#comment-56231]. Como dizia, na cultura participativa, da qual os processos de convergência emergem, “o que se observa fundamentalmente são mudanças de comportamento, de paradigmas que estão, por sua vez, provocando profundas e complexas transformações culturais. É uma questão antropológica, antes de mais nada”. Grande parte da literatura sobre o assunto, porém, está mais preocupada com meios e dispositivos do que com processos e pessoas. Mas considero Jenkins, com seu “Convergence Culture”, uma exceção dentro desse contexto.

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