Naqueles quatro dias, o que caía do céu em clubes e nas ruas eram confetes coloridos e saborosos. Gotinhas de chocolate fantasiadas de amarelo, azul, verde, vermelho, rosa, marrom, roxo, prata…
Naqueles quatro dias, toda serpentina que o folião lançasse alcançava um novo amor. Envolvia-lhe o pescoço e num movimento rápido, trazia-se para perto de si alguém com os lábios só prontos pra sorrir e beijar.
Naqueles quatro dias, como num decreto federal, era proibido morrer nas estradas, cometer crimes, ofender as pessoas. De forma compulsória, todo cidadão de bem tinha que morrer de rir, cometer loucuras, ofender a tristeza…