Tenho um blog e ele faz 15 anos hoje!

Talvez você já nem lembre mais o que é um blog. Eles estão fora da moda, eu sei.

Mas eu ainda mantenho um, sabe? Aliás, hoje, ele faz 15 anos. Foi em 20 de maio de 2005 que decidi abrir um bloco de notas onde pudesse opinar, compartilhar coisas que eu gostava e me colocar no mundo digital. Era isso o que a gente tinha naquela época e o tempo se encarregou de oferecer substitutos mais atraentes e ágeis dos blogs: redes sociais!

É, já tive contas em algumas delas. No orkut, no Facebook, no Twitter, no Facebook de novo, e hoje no Twitter mais uma vez.

Quem me conhece mais de perto sabe que ando beeeeeeeemmmm descontente com as redes sociais. Há razões de sobra para deletar as nossas presenças por lá, né, Jaron Lanier? Trabalhamos de graça para essas redes, alimentamos monstros nelas, azedamos algumas de nossas relações nesses ambientes, nos domesticamos, inflamos nosso ego e auto-importância, torramos nosso tempo diante dos teclados, fortalecemos gigantes oligopólios exploradores de mão-de-obra em todo o mundo… ah, tanta coisa!

Por outro lado, cada vez mais, valorizo esse espacinho aqui. Ele não substitui as redes sociais, nem quer. É um obsoleto blog, um terreno ocupado, embora não totalmente meu, pois o wordpress e outros intermediários me lembram disso de quando em vez. Mas aqui eu me sinto bem, como a pessoa que adora dormir no sofá velho de casa, com o estofado rasgado, mas com o cheiro familiar daquilo que já embalou seus sonhos.

Nesses 15 anos, deixei muita coisa por aqui. Até resisto a olhar o arquivo para não me arrepender. Afinal, até as cotidianas besteiras fazem parte de nós!

Nesses 15 anos, envelheci e vivi muita coisa. Sou diferente do que era, e é pra ser assim mesmo.

Quantos anos ainda tenho para mim? Quantos posts vou publicar por aqui? Não sei.

Na verdade, não perco tempo pensando nisso. Em algum momento, sem aviso ou cerimônia, os posts ficarão mais raros, o tempo para a escrita pessoal vai se tornar menos importante e, aí sim, esse blog – como registro de uma pessoa qualquer num tempo qualquer – terá cumprido sua função.

vida e morte dos blogs de comunicação

Em setembro de 2007, criei uma lista lusófona de blogs mantidos e alimentados por pesquisadores da comunicação. À época, reuni num mesmo link as iniciativas de colegas sobretudo brasileiros e portugueses que se deslumbravam com as potencialidades de se ter um canal exclusivo, barato e poderoso de comunicação. (Sim, os blogs já foram isso!)

A lista foi crescendo, crescendo, crescendo à base de indicações de blogueiros de todos os cantos. Cheguei a fazer 47 atualizações do post e a lista alcançou o expressivo número de 223 blogs de comunicação, sendo 178 do Brasil e 45 de Portugal e outros lugares.

Passados quase sete anos, fiquei curioso em saber a quantas andavam aqueles blogs. Na verdade, já faz algum tempo que escuto a sentença de que os blogs estão morrendo. Não é totalmente mentirosa a afirmação. Este meu espaço ficou mais de 100 dias sem nenhuma atualização entre 2013 e 2014, afundado numa crise de existência virtual. Outro dia, li um post da jornalista e blogueira de primeira hora Cora Rónai que me fez novamente perguntar: como estariam os blogs daquela lista lusófona?

Fui conferir.

Dos 45 blogs listados de Portugal e cercanias, dez foram simplesmente desativados (22%), 24 não são atualizados há mais de um ano e, portanto, morreram (53%), e apenas onze sobreviveram. Considerei blogs ativos aqueles que tiveram ao menos um post novo nos últimos 90 dias. Na parcial, a taxa de mortalidade foi de 75%. Apenas um em cada quatro blogs se manteve vivo nesses quase sete anos que nos separam da primeira lista.

Entre os brasileiros, as baixas foram maiores ainda. Dos 178 blogs, 48 foram desativados no período (27%) e 100 não são alimentados com novos conteúdos há mais de um ano (56%). Apenas 30 blogs são ativos, o que significa 17% do total. A taxa de mortalidade da parcela brasileira é de 83%.

No consolidado da lista lusófona de blogs de pesquisadores da comunicação, apenas 41 dos 223 sobreviveram, o que equivale a menos de um quinto (18,3%). Impressionante!

Como explicar isso?

É difícil apontar uma única razão. Fatores combinados poderiam justificar: cansaço do modismo, falta de tempo, desmotivação pessoal, emergência de redes sociais com muitos recursos e grande visibilidade como o Facebook… O fato é que os blogs já não são mais o que costumavam ser. E isso aconteceu muito, mas muito rápido…

blogueiros catarinenses, uni-vos!

(reproduzido do site da UFSC)

Estão abertas as inscrições para o “I Encontro dos Blogueiros e Twiteiros de Santa Catarina”.
O evento acontecerá nos dias 9 e 10 de março de 2012, no hotel e Centro de Eventos Canto da Ilha, localizado na Avenida Luiz Boiteux Piazza, 4810 – Cachoeira do Bom Jesus, Florianópolis-SC.
O objetivo do evento é debater o novo marco regulatório das comunicações e as ações regionais dos blogueiros catarinenses, que lutam pela criação do conselho de comunicação estadual e organização dos meios independentes de informação, os blogs e redes sociais.

Os convidados para a mesa principal, “Comunicação e Oligopólio em Santa Catarina”, são  Venício Lima, Professor Titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado) e autor, dentre outros, de “Regulação das Comunicações – História, poder e direitos”, Editora Paulus, 2011; e Rosane Bertotti, atual coordenadora nacional do FNDC (Fórum Nacional pela Democratização das Comunicações).

O custo da inscrição é de R$ 100,00, incluídas a estadia e alimentação nos dois dias de evento.

Para os participantes que não precisarem de estadia a inscrição é gratuita, sem alimentação inclusa. Basta enviar os seguintes dados através do formulário de contato no rodapé do site ou para o email contato@blogueirossc.com.br – nome completo, RG, telefone e e-mail para contato.

O evento é organizado pela estudante de economia da UFSC, Binah Ire, com apoio do professor Márcio Vieira de Souza, do curso de Tecnologias da Informação e da Comunicação do Campus de Araranguá.

Informações: binahire@hotmail.com ou http://blogueirossc.com.br

jornalismo e redes sociais, o debate

Não deu tempo de avisar antes, mas não tem problema. Com a internet, pode-se recuperar muita coisa, até mesmo o debate “Redes sociais transformam o jornalismo?”, de que participei na quinta passada, 19, na Rádio Ponto da UFSC.

O debate aconteceu no programa “Jornalismo em Debate”, produzido por alunos de graduação e pós-graduação e parte da Cátedra Fenaj. Estiveram na bancada comigo o jornalista César Valente, do blog De Olho na Capital; o jornalista Alexandre Gonçalves, do Coluna Extra; e a Alexandra Zanela, editora do Diário.Com. Por telefone, participou o jornalista Douglas Dantas, do Sindicato de Jornalistas do Espírito Santo. A supervisão dos trabalhos foi de Valci Zuculotto e a mediação foi de Áureo Moraes, ambos professores da UFSC.

A conversa foi de alto nível e atiramos para vários lados: mudanças no perfil dos jornalistas, a participação do público, possíveis furos de reportagem pelas mídias sociais, fim do jornalismo, credibilidade dos meios, enfim, muita coisa interessante.
Ficou curioso? Então, ouça!

Bloco 1
http://www.video.cce.ufsc.br/radio/2011/2011.1.34.mp3

Bloco 2
http://www.video.cce.ufsc.br/radio/2011/2011.1.35.mp3

Bloco 3
http://www.video.cce.ufsc.br/radio/2011/2011.1.36.mp3

um radar sobre o jornalismo e a ética

Não tem chuva ou temporal que impeça: todos os sábados tem Radar objETHOS, uma coletânea de alguns dos links mais interessantes da semana sobre jornalismo, ética jornalística e assuntos afins. O serviço é uma publicação do Observatório da Ética Jornalística (objETHOS) e traz contribuições e links em português, inglês, espanhol e francês.

O desta semana pode ser acessado aqui. Mas você pode recuperar os demais por aqui. Sirva-se!

jornalistas e redes sociais: uma pesquisa

O escritório da UNESCO no Brasil, o Portal Imprensa e a ONG Artigo 19 estão aplicando uma pesquisa online sobre jornalismo e mídias sociais. Segundo os promotores, a divulgação dos resultados da pesquisa vai fazer parte das atividades de celebração do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa no Brasil, em 3 de maio.

“O objetivo da pesquisa é identificar desafios e possibilidades do uso de redes sociais para o exercício do jornalismo”, informam os realizadores. A pesquisa é aplicada por meio de um formulário eletrônico, com 32 questões bem diretas, e que não duram muito para serem concluídas. As respostas podem ser anônimas.

Para participar, acesse http://artigo19.org/midiassociais/pesquisa

nova revista sobre comunicação e tecnologias

   Já está circulando na rede o primeiro número da revista Tinta Electrónica, voltada para temas da comunicação e das novas possibilidades tecnológicas. A publicação é editada pelos jornalistas Sandro Medina Tovar (do Peru) e Emiliano Cosenza (da Argentina), e na edição de estreia traz textos de Mario Tascón (Espanha), Pedro Jerónimo (Portugal), Anderson Paredes (Venezuela), María Pastora Sandoval (Chile), Martín Fernández (Argentina), Rolly Valdivia Chávez (Peru), Susana Morán (Equador), Lina Ceballos (Colômbia) e Gerardo Albarrán de Alba (México).

A publicação está no formato PDF, é fácil de baixar, e deve sair sempre em abril, agosto e dezembro. O número 1 tem 28 páginas e o layout é bem modesto, talhado para facilitar a leitura do conteúdo. O tema de abertura da nova revista eletrônica é “Fazer jornalismo num novo ecossistema informativo”.

Para saber mais sobre a revista, leia a entrevista que a jornalista Esther Vargas fez com Sandro Medina. Para baixar, clique aqui.

300 mil acessos e um novo endereço

Nossos sistemas acabaram de registrar que este blog já recebeu mais de 300 mil visitas desde que foi hospedado aqui no WordPress em 20 de maio de 2007. Isso é motivo de celebração e de agradecimento.

Começo pelo final, então: qualquer que tenha sido o motivo e a maneira que te trouxe aqui, obrigado pela visita. E se foi bem tratado, volte mais vezes. É sempre um prazer acompanhar as estatísticas e ver que os acessos são constantes, o que me dá a entender que o endereço (de alguma forma) se estabeleceu nesse oceano-web.

Para celebrar a marca, fiz uma cirurgia plástica no blog e estou decerrando a placa de meu site pessoal: www.christofoletti.com

Não, o Monitorando não está encerrando suas atividades.

Não, não republicarei lá o que faço aqui. Existem conexões entre uma coisa e outra, mas uma coisa é uma coisa; a outra coisa é outra, naturalmente.

Não, não darei prêmios e vantagens para quem visitar o site.

Então, por que ter mais um endereço? Para facilitar o trabalho dos meus biógrafos?
Não, apenas para eu ter um espaço um pouco mais estável e permanente com minha produção, meus projetos e outros trabalhos. É uma questão de sistematização, como quem arruma as próprias gavetas. No Monitorando, continuarei blogando com mais frequência; no site, estarão conteúdos mais sedimentados, mais cristalizados. Note, por exemplo, que as páginas livros e artigos que eu mantinha aqui foram parar por lá… Aliás, vá lá conhecer… E aqui, aproveite o novo visual…

ética para blogueiros

A definição de padrões de conduta para quem navega na web é um assunto bastante polêmico e recorrente. Desde o surgimento da grande rede, alguns cidadãos mais preocupados tentaram estabelecer algumas regras mínimas para uma convivência virtual. Surgiam as netiquetas, isto mesmo, no plural. Listinhas que tentam normatizar os comportamentos no ciberespaço existem aos montes, e de alguma maneira isso evoluiu para duas direções: a mais robusta delas é a das políticas de privacidade, algo mais institucional e corporativo e que tenta sinalizar ao visitante de um site alguns limites na sua interação com aqueles conteúdos e ambientes; uma segunda “evolução” das netiquetas são os códigos de conduta para blogueiros e redes sociais.

Já houve algumas tentativas de regramento das atitudes de blogueiros, mas todas elas ficaram ou muito restritas a grupos ou mostraram-se pouco eficientes. Trocando em miúdos: parece haver uma resistência maior da comunidade de usuários de estabelecer regras de conduta, receando que firmar um pacto como este possa “engessar” os blogs, cercear a ação de seus titulares.

Este medo é justificado? Talvez sim, mas não quero discutir isso agora. O que me interessa mesmo é trazer esse assunto à tona, já que ele me interessa bastante. Tanto como pesquisador da área quanto como blogueiro. E é aqui que eu queria chegar!

Códigos de ética para blogueiros são importantes? Podem ser.

São eficientes? Talvez.

São necessários? Ainda não sei, mas sei de uma coisa: não se pode conviver em grupo sem um conjunto mínimo de critérios e valores que sinalizem limites para os indivíduos. Sem isso, corremos o risco de atropelar as pessoas, ignorando aspectos importantes da sociabilidade humana. Não estou falando que todos os blogs devem seguir as mesma regras de ortografia, de distribuição visual de seus conteúdos, de oferecimento de links, etc.

Eu me refiro a aspectos mais profundos, a exemplo de valores como respeito a quem visita o blog, criatividade na oferta de conteúdos, inteligência na expressão de ideias, independência editorial, originalidade e inovação, entre outras coisas. Claro que cada um pode criar e manter o blog que bem lhe der na telha. Mas como qualquer meio de comunicação, um blog não pode descuidar daqueles que consomem seus conteúdos, que interagem com eles, que o replicam e por aí vai.

De maneira muito particular, tenho algumas regras no Monitorando:

a) Não reservo espaço para anúncios publicitários: tento “preservar” meu leitor da enxurrada de banners, pop-ups e outras interferências nos posts que tenham caráter comercial. A razão é muito simples: não ganha dinheiro com o blog e não tenho esta intenção. Ao me dedicar ao Monitorando, de alguma maneira, quero ter uma presença pessoal na web, estabelecer conexões com outras pessoas e ainda contribuir com algum conteúdo a este grande projeto de inteligência coletiva que é a web.
b) Não faço troca de links: o motivo é igualmente simples. Indicar um endereço na internet é como indicar um restaurante para um amigo, um hotel para um visitante, e por aí vai. Não pode ser qualquer indicação; é como empenhar a própria palavra. Existe uma responsabilidade embutida ali. Se alguém oferece um link, testo e vejo que vale a sugestão, indico, naturalmente. Mas trocar links não é só fazer uma ação entre amigos, é também estalecer uma reciprocidade compulsória, distante da espontânea indicação. Eu ainda prefiro a liberdade de escolher a quem indicar.
c) Não bajulo quem não mereça: as razões são as mesmas do item anterior.
d) Não ofereço links patrocinados: novamente, o que me desmotiva a fazer isso é a busca de uma independência editorial para o blog. Quero manter a liberdade que um blog me reserva. Nesta semana, por exemplo, fui procurado por um portal com a seguinte proposta: eu escreveria um post de até 300 palavras sobre um determinado assunto e me pagariam 25 euros por isso. Depois de escrever, eu deveria comunicar ao portal sobre o post, eles o cadastrariam e seria feito um vínculo entre meu post e o tal portal. Resumo da ópera: eu produziria conteúdo qualificado para o portal sobre o tal assunto e ganharia um dinheirinho. Declinei. Não se trata de pudor, não estou rasgando dinheiro, nem sou maluco. Mas é que prefiro escolher sobre o que escrever, quem linkar e quando fazê-lo. Prefiro ter a liberdade, inclusive, de citar esse caso, de falar abertamente sobre o tema. É uma questão de princípio, um

Sou melhor que os outros blogueiros? Claro que não.
O Monitorando é melhor que outros endereços por aí porque tem essas regrinhas? Claro que não, até porque os critérios que aferem qualidade são muito mais diversos, amplos e complexos.

Mas eu faço questão de criar limites para a minha conduta, de adotar essas regras e apresentá-las aos meus leitores. Acho mais honesto e franco, pois é nisso também que a internet se apoia, acredito eu. Mas mais importante que criar e seguir regras de conduta é pensar sobre elas. É nisso que consiste o raciocínio ético, é desta forma que se experimenta uma reflexão de caráter moral. Parece tão fora de moda, né? Mas que nada! Os valores e os princípios são uma necessidade da experiência humana, caminhos pelos quais nos aproximamos e nos afastamos uns dos outros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

novos tuíters e blogueiros

Atualizei há pouco os mapeamentos que vimos fazendo sobre pesquisadores lusófonos da Comunicação que mantêm blogs e pesquisadores da área que estão no Twitter. A primeira lista já foi atualizada 45 vezes e agora tem 215 blogs de Brasil e Portugal. A segunda está na 40ª versão e conta com 360 tuíters.

Pesquisadores da Comunicação no Twitter: aqui

Lista lusófona de blogs da Comunicação: aqui

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

blogs, links e intertextualidade

Viajo hoje para Santa Maria para participar da banca avaliadora da dissertação “Posts intertextuais: um estudo de links nos blogs Luis Nassif Online, Conversa Afiada e O biscoito fino e a massa”, de Silvana Copetti Dalmaso. O trabalho foi orientado pela professora Luciana Pellin Mielniczuk na UFSM e estarei à banca com a sempre divertida Marcia Benetti Machado.

Na dissertação, Silvana analisa o episódio da “bolinha de papel” das eleições presidenciais do ano passado, repercutido nos blogs Conversa Afiada, O Biscoito Fino e a Massa e Luis Nassif Online.

Ficou curioso? Aguarde passar a banca e entre em contato com a autora…

um blog sobre o futuro do jornalismo

O principal jornal espanhol, El País, lançou esta semana um blog para debater as transformações pelas quais o jornalismo vem passando. Trata-se de Periodismo con Futuro, cujos propósitos seus editores explicam:

Com todas as incógnitas do momento, o título deste blog é uma afirmação naquilo que acreditamos sem duvidar. O Como, Quem, Onde e Quando já não estão tão claros. Queremos abrir um debate sobre o presente e o futuro do jornalismo e sua indústria, sobre novas tendências, conteúdos, tecnologia, suportes e modelos de negócio, com informação e análise. E viver em primeira mão um novo ecossistema informativo tão apaixonante quanto incerto.

Entre os destaques do que já foi postado, há vídeos de entrevistas curtas com publishers do El País, do New York Times e da Der Spiegel.
Acesse o blog!

 

 

 

 

 

 

 

o objethos em 2011

Sabe o Observatório da Ética Jornalística (objETHOS), projeto que coordeno com o professor Francisco José Karam na UFSC? Em 2011, teremos novidades, conforme se pode ver no post que reproduzo…

O Observatório da Ética Jornalística (objETHOS) tem grandes planos para o ano que vem. Por isso, neste período de festas natalinas e de recesso escolar, a equipe trabalha nos bastidores do projeto, planejando novas ações para 2011.

Podemos adiantar três boas notícias:

1. Em 2011, o objETHOS vai ampliar a produção e difusão de conteúdos exclusivos sobre ética jornalística, publicando diariamente

2. Em 2011, o objETHOS virá com um novo projeto gráfico, com visual mais atraente e amigável

3. Em 2011, o objETHOS vai promover o 1º Seminário Brasil-Argentina de Pesquisa e Investigação em Jornalismo, evento previsto para junho.

 

wikileaks em bom português

A jornalista Natalia Viana em parceria com a revista Carta Capital está alimentando um blog sobre o Wikileaks. “Como outros jornalistas independentes de todo o mundo, tenho colaborado com a publicação dos documentos. Com base neles, estou escrevendo matéria diárias para o site”, escreve a jornalista. “Aqui neste blog vou ter a certeza de que o conteúdo inédito vai sair em primeira mão. E também vou dividir essa experiência na linha de frente do jornalismo”.

A conferir e a acompanhar. Por aqui, por favor.

uma parceria para desenvolver o jornalismo interpretativo

Já pensou o que aconteceria se um site especializado em jornalismo investigativo e uma universidade se juntassem para criar inovações nos processos jornalísticos, entre os quais buscar desenvolver um jornalismo mais interpretativo… imaginou? Não precisa mais imaginar.

Uma parceria como esta já existe. Leia a matéria do Portal Imprensa:

O site de jornalismo investigativo e sem fins lucrativos ProPublica anunciou parceria na última quinta-feira (2) com o Instituto Carter de Jornalismo da Universidade de Nova York (NYU) para descobrir modos de utilizar a internet para produção de um jornalismo mais interpretativo.

O projeto Explainer.net será conduzido por estudantes do programa Studio 20, de professor da NYU, e focado em inovações nas atividades jornalísticas, informa o Editorsweblog.

“Este projeto não oferece as últimas notícias. Ele completa a compreensão do leitor. Nós quisemos trabalhar com os jornalistas do ProPublica porque eles investigam histórias complicadas e ensinam o que aprenderam para outros. Isto parecia uma combinação perfeita”, afirma o professor Jay Rosen.

Um exemplo de maior cobertura interpretativa sobre um fato, segundo Rosen, seria em relação à recente crise econômica na Irlanda, questionando por que bancos frágeis no país poderiam ameaçar o sistema financeiro europeu e até uma recuperação mundial.

A ideia surgiu da observação de que é impossível o leitor ter interesse sobre algumas notícias sem a contextualização daquele fato, como a crise de créditos imobiliários nos Estados Unidos, por exemplo.

Para o professor, ao contrário de veículos impressos e de televisão, a mídia digital oferece o espaço editorial necessário para maior interpretação dos fatos noticiados.

Rosen acredita que a produção de um jornalismo mais explicativo pode tornar-se um diferencial para veículos de notícia entre contra a forte concorrência.

Agora, já imaginou se algo semelhante acontecesse por aqui?

 

para saber do rio, cadernos de reportagem!

Se você está interessante nos mais recentes acontecimentos que movimentam o Rio de Janeiro, não pode deixar de conhecer o Cadernos de Reportagem, um projeto do curso de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense (UFF).
O blog foi criado há dois meses, é produzido pelos alunos do curso e coordenado pelos professores Ildo Nascimento e Sylvia Moretzsohn.
Jornalismo crítico e antenado.

mais de 300 pesquisadores no twitter

Se você é pesquisador da área da Comunicação ou se interessa por isso, não deixe de conferir nossa lista de perfis no Twitter. Já são mais de 300 contatos.

Temos também uma outra lista, agora com blogs de pesquisadores da comunicação dos países lusófonos.

Acesse e ajude a expandir!

ex-hacker existe?

Ao final da leitura de “Watchman – a vida excêntrica e os crimes do serial hacker Kevin Poulsen”, uma pergunta me martelou a cabeça: as pessoas podem mudar tanto assim?

Não que a biografia assinada pelo jornalista Jonathan Littman tenha me levado a pensar nisso. O livro conta como um adolescente norte-americano pacato, tímido e muito hábil se torna uma espécie de Inimigo Público Nº 1 nos Estados Unidos no começo dos anos 1990. Na década anterior, Kevin Poulsen era um gênio que se aventurava a hackear comunicações telefônicas, e em seguida passou a operar computadores se convertendo num impetuoso invasor de sistemas, acusado pelo FBI inclusive de espionagem.

Poulsen foi também o primeiro hacker a cumprir uma pena de prisão por seus atos – quase cinco anos atrás das grades – e ficou fora de circulação justamente no período em que a internet fervilhava, e novas gerações de hackers apareciam.

Mas como eu disse, não foi a leitura de sua biografia que me chacoalhou tanto. Foi juntar seu passado com sua atuação no presente. Poulsen deixou a cadeia em 1996, e passou a trabalhar com segurança online. Sua empresa chegou a ser adquirida pela gigante Symantec, e hoje Kevin Poulsen é ninguém menos que um dos editores-sêniores da Wired, a mais influente revista de tecnologia do mundo. O que é ter um ex-hacker na redação? O que teria feito com que Poulsen deixasse a adrenalina de seu cotidiano para “baixar a bola” e trabalhar com jornalismo? O tempo nos presídios o regenerou?

Na CampusParty deste ano, a organização trouxe Kevin Mitnic, outro lendário ex-hacker que cumpriu pena, deixou o “lado negro da força” e virou consultor de segurança. Assim como seu xará, Poulsen deixou tudo pra trás?

Alguém já me disse que “uma vez hacker, sempre hacker”. Isso porque o negócio nessa atividade não é dinheiro nem fama, mas entusiasmo pelo risco, respeito dos pares e outros valores de uma ética muito particular. Aliás, foi por conta da ética hacker que cheguei à biografia de Poulsen e venho estudando outros textos. Minha pesquisa sobre novos valores éticos que poderiam contagiar a prática jornalística esbarra na ética hacker e na presença de outros atores no cenário comunicativo contemporâneo. Mas a dúvida persiste: existe ex-hacker?

O que você acha?

pare tudo e veja esses 7 links

Fiz uma rápida faxina na gaveta de links, e esses aí embaixo não podem deixar de ser conferidos.

Aproveite!

o estupro, a denúncia, o jornalismo e as redes sociais

Na semana que passou um email explosivo se espalhou como rastilho de pólvora na Grande Florianópolis: adolescentes filhos de gente importante da mídia e da elite teriam violentado uma jovem na cidade. A denúncia se disseminou pelos porões da internet, sob a assinatura difusa de “mães do Colégio Catarinense”. Cocei os dedos para escrever sobre o assunto, mas não tive elementos suficientes para fazer uma análise mais equilibrada, mais detida, mais focada.

O César Valente fez isso hoje, e recomendo a leitura no blog dele.

5 anos monitorando

Hoje, este blog faz cinco anos de postagens ininterruptas. Criado no UOL, migrou há exatos três anos para o WordPress, e como estamos sendo muito bem tratados, por aqui devemos ficar por mais um bom tempo.

Em cinco anos, muitas coisas mudam, outras amadurecem. Para falar das mudanças, um post só não daria conta. Mas do lado de cá do teclado, permanecem dois sentimentos:

  • o entusiasmo pelo gesto e pelo estilo de vida blogueiro
  • e a imensa gratidão pela sua leitura

Beijos, queijos e caranguejos!

para americanos, blogueiro = jornalista

Um estudo recentíssimo mostra que 52% dos blogueiros norte-americanos se consideram jornalistas. O levantamento é da PR Week e da PR Newswire. Essa sensação de equivalência era menor no ano passado: um em cada três blogueiros se achavam jornalistas.

Claro que cada caso é um caso, e que a pesquisa é concentrada no complexo ambiente dos Estados Unidos. De qualquer forma, os indicativos nos permitam pensar e discutir em torno das aproximações cada vez mais inevitáveis entre jornalistas e blogueiros. O combustível para essa atração e confusão de papéis atende pelo nome de Redes Sociais. Elas têm chacoalhado as relações profissionais não apenas na Comunicação, mas também na Educação.

Nas páginas finais de meu “Ética no Jornalismo”, eu projetava movimentos convergentes de uma ética jornalística tradicional e de uma ética hacker, cada vez mais influente. Está em curso. Aperte os cintos porque não é apenas a paisagem da janela que está mudando; nosso ônibus já não é mais o mesmo…

a crítica aos amadores e as mudanças que o jornalismo vem sofrendo

Tão importante quanto compreender as ideias de alguém é perceber de onde se está falando. O lugar de fala é revelador das condições de produção do discurso a ser analisado, entendido, absorvido. Isso porque não existe discurso sem sujeito que o emita e não há sujeito sem ideologia, sem inconsciente, sem posições.

Por isso, não basta ler “O culto do amador” (Ed. Zahar, 2009) e entender quais as razões que levam o seu autor a atacar de forma tão veemente as novas mídias, as redes sociais e o que se convencionou chamar de Web 2.0. É preciso ainda identificar de onde Andrew Keen desfere seus dardos, e uma leitura minimamente atenta permite isso no trecho que destaco abaixo:

“O mais grave de tudo é que as próprias instituições tradicionais que ajudaram a promover e criar nossas notícias, nossa música, nossa literatura, nossos programas de televisão e nossos filmes estão igualmente sob ataque” (p.13)

Para Keen, blogs, sites de relacionamento, twitter e youtube, entre tantos outros, estão colaborando para soterrar o que se criou de cultura de massa e de mediação nos últimos séculos. Uma turba de desordeiros hipertrofiados pela internet e por um espírito anárquico atentam contra “as nossas redes de TV”, contra “os nossos jornais”, e por aí vai. O discurso não só vai na contramão das falas que tecem uma nova Renascença quanto ilude que emissoras de televisão e jornais sejam realmente “nossos”, que realmente difundam “nossos valores” e que sejam uma reflexo da nossa cultura e idiossincrasia.

Assim, e para encurtar a história, a posição de fala do autor é a que confunde as fronteiras do meu e do seu. De repente, a mídia tradicional se converte na última linha de defesa frente aos ataques de hackers. De repente, a mídia tradicional se torna o último bastião diante dos selvagens e seus mouses ópticos.

Não se deve discordar de tudo o que Andrew Keen escreva, mas alguns argumentos são aterrorizantes, pelo menos para mim. Keen advoga o fato de que estamos recheando a web com lixo diversificado, com opiniões não balizadas, com informações não checadas, com pornografia e bizarrices. Estamos “transformando cultura em cacofonia”, e a democratização “está solapando a verdade, azedando o discurso cívico e depreciando a expertise, a experiência e o talento”. E mais: “está ameaçando o próprio futuro de nossas instituições culturais”. Afinal, “o talento é produzido pelos intermediários” – como o próprio Keen foi no início da web, quando ganhava seu rico dinheirinho por lá.

Os argumentos são conservadores, apocalípticos e, em muitas situações, sofismáticos. O alarme soa a cada virada de página, e o leitor se vê diante de exemplos que só demonstram o quão permissiva, perdulária e corrosiva é esta cultura a que bilhões de pessoas estão mergulhadas nos dias de hoje no mundo. Mas por que ler “O culto do amador” mesmo seu conteúdo sendo não totalmente verdadeiro e sua mensagem tão amedrontadora? Porque é justamente o confronto de argumentos que produz o conhecimento e o discernimento. O fato de discordar de Keen não invalida suas posições. Pode inclusive tornar as convicções do leitor mais fortes e bem sustentadas. Keen deve ser lido sim, até pela coragem que exibe. Afinal, ele dá braçadas vigorosas na contracorrente e desdenha de alguns dos mais influentes nomes da internet no momento: Chris Anderson, Dan Gillmor, Tim Berners-Lee, Tim O’Reilly, Pierre Lévy, Jimmy Wales, Brin & Page, etc…

A questão que mais incomoda não é o tratamento do tema pelo prisma moral. Pelo contrário. É isso o que mais me atraiu na leitura: discutir tecnologia por meio do comportamento e da conduta de pessoas. Sim, tecnologia é também um problema moral, um problema de dilemas éticos, para além de violações de direitos e abertura de processos judiciais. O que mais me incomodou foi a assunção de uma posição tutelar, que desacredita da maturidade, inteligência e sensibilidade das pessoas para discernir caminhos, discutir soluções e estabelecer novos padrões de conduta. Vejam o que Keen escreve lá pelas tantas:

“Minha posição é que somos facilmente seduzidos, corrompidos e desencaminhados. Em outras palavras, precisamos de regras e regulamentos para ajudar a controlar nosso comportamento online, assim como precisamos de leis de trânsito para regular o modo como dirigimos a fim de proteger a todos contra acidentes. (…) O fato é que uma regulação modesta da internet funciona” (p.183)

É aí que mora o perigo: não se acreditar no potencial humano, no debate do coletivo, na nossa capacidade de resolver os próprios problemas. Se não somos capazes, precisamos de tutela, de um poder central e superiormente hierárquico que nos bote de castigo, que nos prive de “nossos privilégios”, que decida por nós. É aí que Keen marca bem o seu território e se distancia do que pensam os que acreditam numa inteligência coletiva, num projeto coletivo de comunicação, numa equação mais colaborativa de vida.

As críticas de Andrew Keen avançam sobre o sistema de compartilhamento de arquivos, sobre a cultura do download, sobre o chamado “jornalismo cidadão”, sobre a enciclopédia virtual editada por não-especialistas, etc… Sim, a educação, a comunicação e o jornalismo vêm sofrendo profundas transformações nesses poucos anos. Os saberes já não são mais o que eram. A informação escorre pelos dedos de todos, e os intermediários precisam redefinir seus papéis. Não só os professores em salas de aula onde em muitos temas os alunos sabem mais que os mestres. Mas no ecossistema informativo, onde os jornalistas não são mais as únicas bases difusoras do noticiário. É preciso se reinventar, chacoalhar o acomodado, permitir-se a instabilidade e a incerteza. Esta é uma era calcada nas incertezas…

Keen não erra ao vestir a fantasia do arauto do apocalipse; apenas se equivoca ao dizer que tem a solução para toda a tribo. Keen não erra ao se assumir um moralista, mas derrapa feio no niilismo que vê nos usuários do sistema meros números de IP. Outras pessoas poderiam ter cometido esse deslize, mas Keen não. Ele presenciou o nascimento da internet no Vale do Silício, se beneficiou com isso, ajudou a difundir uma cultura e sabia muito bem o que estava fazendo. Xingar cada internauta que posta seu vídeo caseiro no YouTube de “amador” não é ofensivo. As fronteiras que separam amadores de profissionais, leigos de especialistas se demarcam a cada momento. Elas não foram simplesmente varridas do planeta: apenas tornaram-se móveis, elásticas e dinâmicas. A terra gira, senhor Keen. Pode-se comprovar isso não olhando pro chão, mas pro céu, onde estão os sonhos e os devires…

códigos de ética de todos os cantos

Se o seu interesse passa pela ética jornalística, por discussões sobre deontologia e por reflexões sobre a conduta dos jornalistas, a dica é passar pelo Observatório da Ética Jornalística (objETHOS) que acaba de retornar das férias escolares com uma lista de códigos deontológicos do mundo todo. Nesta primeira edição, são 30 documentos em português e inglês. Mas a equipe promete mais novidades nas próximas semanas…

Acesse na seção Códigos.

3 ideias dispersas sobre pesquisas em blogs

Daqui a pouco participo de uma mesa que debate Cibercultura e as pesquisas sobre blogs e conversações, ao lado de Sandra Montardo, André Lemos, Henrique Antoun e com moderação do Sérgio Amadeu.

Minha curta fala vai se apoiar em três ideiazinhas sobre as pesquisas que se vem fazendo sobre blogs. Claro que os poucos minutos que terei não vão me permitir fazer um panorama da coisa, mas não é o que quero fazer, e sei que tem gente em melhores condições disso. Vou centrar meu foco nas pesquisas que se faz na área da Comunicação e mais detidamente no Jornalismo.

Primeira ideia: ao contrário do que se pensa no campo da Comunicação, a maior parte das pesquisas acadêmicas sobre blogs ou tendo blogs como suporte de visibilidade de fenômenos NÃO É FEITA NA COMUNICAÇÃO. Uma rápida pesquisa no Portal de Teses da Capes mostra que saem mais mestrados e doutorados em Linguística/Letras/Literatura sobre o tema do que em qualquer outro lugar. Essa diversidade abre portas para uma série de outros insights.

Segunda ideia: as pesquisas dos últimos oito ou nove anos sobre blogs ajudou a academia a perceber as crises contemporâneas no jornalismo. Se a queda maciça de tiragem nos jornais ainda não aportou no Brasil, o signo da crise só foi pairar sobre as cabeças dos pesquisadores da área graças à atenção que deram aos blogs como instrumentos de comunicação, difusores de informação e opinião. Os blogs, para os pesquisadores da Comunicação, deram o primeiro lampejo de uma crise existencial que se acomodou sobre as redações. Depois vieram as redes sociais, que só tornaram a situação mais aguda, o nervo mais exposto. Então, a pesquisa sobre blogs foi a ponta do iceberg de um novo continente que hoje se descortina na academia: a reflexão sobre o jornalismo, a sua natureza, as suas bases, e as mudanças que fazem tremer o seu chão. Não que isso não interessasse a pesquisadores antes, mas agora é bem evidente essa preocupação.

Terceira ideia: cada vez mais me convenço de que não estaremos pesquisando blogs daqui a dez anos. Não com o mesmo vigor. Não com o mesmo ímpeto. E talvez com um objeto de pesquisa totalmente reconfigurado. Quer dizer: acho que o blog é uma mídia de transição. Futurologia minha? Não, é apenas um palpite, uma pequena convicção.

Como disse, falarei desses três pontos daqui a pouquinho na Campus Party 2010. Se as ideias evoluírem e se assentarem, escrevo mais em seguida…

(Ficou curioso? Então, assista por aqui: http://tv.campus-party.org)

campus party, lá vou eu!

Como já adiantei, participo este ano da Campus Party.

Estou entusiasmado e ansioso para o debate “Cibercultura e pesquisas sobre blogs e conversações” ao lado da Sandra Montardo, de André Lemos, do Henrique Antoun e com moderação do Sérgio Amadeu. Havia preparado uma fala mais acadêmica e chatérrima. Ontem, uma vozinha interior me aconselhou a mudar o tom. Revisei meus pontos e espero não fazer ninguém dormir a partir das 14 horas…

Alinhavei duas ou três ideias sobre a pesquisa brasileira sobre blogs e sobre jornalismo, a área em que me sinto mais confortável para falar. Devo comentar um pouquinho do que se vem fazendo em termos de pesquisa mais longas no país em outras áreas também, como na Educação, na Comunicação e em Letras/Linguística/Literatura. Não preparei nenhuma provocação, mas talvez as duas ou três ideias que eu compartilhe na mesa causem alguma reação.

Escrevo mais sobre isso na sequência…

blogosfera policial e direitos humanos para mídia comunitária

Dois estudos bem interesantes caíram na rede nos últimos dias: um trata de blogs de policiais brasileiros ou com abordagem policial, e outro é uma cartilha sobre direitos humanos para comunicadores comunitários.

Os estudos foram produzidos pela UNESCO, Oboré e Centro de Estudos sobre Segurança e Cidadania, da Universidade Cândido Mendes.

Baixe A Blogosfera Policial no Brasil: do tiro ao Twitter aqui!

Baixe Direitos Humanos na Mídia Comunitária aqui!

presentinhos de sexta

Como o final de semana se aproxima, deixo três presentinhos:

1. A reconstrução do jornalismo americano. Relatório recente – do último dia 20 -, assinado pelos professores Leonard Downie Jr e Michael Schudson, das universidades do Arizona e de Columbia. Em inglês, em PDF e com 100 páginas. Aqui.

2. A emergência das redes sociais e os seus impactos no jornalismo convencional. Estudo recente sobre a realidade do Reino Unido assinado pelo Reuters Institute for the Study of Journalism. Em inglês, em PDF e com 60 páginas. Aqui.

3. Recentemente, tratei da Ley de Medios argentina, polêmico marco regulatório que pode alterar sensivelmente o mercado audiovisual daquele país. Aliás, a lei está aqui. Em espanhol, em PDF e com 25 páginas.

ciclo discute comunicação e tecnologia

logo_home1De hoje até dia 13, o Nós da Comunicação promove o ciclo Comunicar Tecnologia, semana temática em que vai focar todas as seções do site para refletir novas tecnologias e procedimentos aplicados à comunicação. Serão promovidos chats com pesquisadores e especialistas, serão publicados artigos e reportagens sobre isso.

Partipo de um chat amanhã, dia 6, às 15 horas.

Se isso te interessou, passe por lá também…

um novo observatório de mídia

logo_objethos_pqnoEntrou em atividade na semana passada o Observatório da Ética Jornalística (objETHOS), grupo de pesquisa do Departamento de Jornalismo da UFSC. O projeto é uma iniciativa minha e do professor Francisco José Karam, e reúne ainda alunos do Mestrado e, em breve, da graduação. O objetivo é desenvolver pesquisas sobre valores e condutas no jornalismo, sobre aspectos morais e deontológicos na área e sobre as mudanças que a profissão de jornalista vem passando.

A base operacional do objETHOS é o seu blog, que traz ainda dicas de livros e filmes sobre o tema, artigos e outros materiais sobre a deontologia jornalística. Se o assunto te interessa ou se você tem sugestões e comentários sobre a ética praticada no jornalismo brasileiro, o objETHOS é o seu canal. Acesse!