Este é o tema da edição mais recente da revista Verso e Reverso, da Unisinos, que acaba de chegar à rede.
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Este é o tema da edição mais recente da revista Verso e Reverso, da Unisinos, que acaba de chegar à rede.
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Uma rede de pesquisadores de todos os estados brasileiros está colhendo informações sobre as práticas de consumo e participação de jovens internautas de 18 a 24 anos.
O estudo é desenvolvido pela Rede Brasil Conectado por meio de um formulário eletrônico para a Pesquisa Nacional Jovem e o Consumo Midiático em Tempos de Convergência, sob coordenação da professora Nilda Jacks. O quesionário tem perguntas sobre o uso de redes sociais, dispositivos móveis e aplicativos, e vai permitir comparar resultados entre as regiões, compondo também um cenário da realidade brasileira.
Para participar, basta acessar: www.redebrasilconectado.com.br
Em tempos de conectividade total, uma história me divertiu semana passada. Quem contou foi o jornalista Ariel Palacios, correspondente de O Estado de S.Paulo e da GloboNews na Argentina. Ele estava em um local público e “pescou” uma rápida discussão entre pai e filho, que discordavam sobre algo. O pequeno teimava, argumentando que sabia do que estava dizendo, afinal tinha visto aquilo na internet. O pai não hesitou e mandou uma frase certeira:
Filho, nem tudo na vida tem um link!
A vida estará melhor em 2064?
Até lá, a ciência terá resolvido nossos maiores problemas?
O futuro será como realmente sonhamos?
Essas perguntas devem martelar as cabeças de todos. Mas o PewResearch Center e a Smithsonian Magazine acabam de publicar um estudo que traz alguns dos resultados do que pensam os norte-americanos sobre o futuro e a ciência nos próximos 50 anos.
Ficou curioso? Não fique mais. Acesse aqui. (em inglês, em PDF, 18 páginas, arquivo com 301 Kb)
Quer saber como e onde estaremos daqui a dez anos?
O Pew Research Center conta.
Veja o relatório sobre esse exercício de previsão focado na realidade norte-americana.
Se você é daqueles que andam bem cabreiros quando navegam na internet, vale a pena estar muito informado sobre as principais discussões sobre privacidade e segurança de dados. Existe muita coisa por aí que merece ser conhecida e lida, e uma lista de leituras obrigatórias seria sempre muito limitada. Por isso, nem me arrisco a fazer, até porque por mais que estude o assunto, ainda tenho muito a aprender sobre a tal coisa…
De qualquer forma, me atrevo a indicar a leitura do mais recente número da revista poliTICs, editada pelo Nupef, que circula gratuitamente e pode ser lida tanto em papel quanto em PDF. O número em questão traz três artigos muito importantes. O professor Pedro Antonio Dourado de Rezende, de Ciências da Computação da UnB, aponta caminhos para se entender melhor as denúncias de espionagem e vigilância global, hipertrofiadas com as ações de Edward Snowden. De quebra, faz um “afago” ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
O cultuado ativista Cory Doctorow chacoalha a cadeira para falar de marcos regulatórios para proteção de dados na União Europeia. Você não mora por lá? Não importa. Se algo de grave acontecer do outro lado do Atlântico, o que garante que as ondas não cheguem aqui?
E se você pensa que “privacidade” é apenas manterem seus dados guardadinhos quando você acessa algum site, abra a cabeça com o artigo de Koichi Kameda e Magaly Pazello, pesquisadores do Nupef, que abordam a segurança de dados sobre a saúde das pessoas num ambiente hiperconectado como o nosso.
E já que estamos falando nisso, por que não conferir Os arquivos de Snowden, o livro do jornalista Luke Harding, do The Guardian, sobre o delator dos megaesquemas de espionagem dos EUA? Lendo a trajetória do jovem analista de segurança terceirizado da NSA, dá pra ver como resta quase nada do que chamávamos de segurança na navegação e privacidade…
Não tenho bola de cristal, mas há quem tenha. Vale a pena conferir o que alguns dos principais produtores, teóricos e críticos do mundo têm a dizer sobre o jornalismo em 2014. Vale a pena também retornar a este post em janeiro de 2015 para conferir quem acertou e quem fracassou miseravelmente… (marque na sua Google Agenda)
O site britânico Journalism.co.uk lista dez tendências (um resumo em português aqui, com o Newsgames):
O Nieman Journalism Lab publicou uma série especial sobre o assunto, ouvindo 52 especialistas, que vão de Amy Webb a Alfred Hermida, passando por Rick Edmonds e Michael Schudson. Tem chute pra todo lado, mas há ideias bem instigantes (confira aqui).
Mas se você ainda não virou a página e ainda está em 2013, não tem problema. The New York Times juntou um punhado de ótimas reportagens multimídia e interativas que você pode ver aqui (sem pressa nenhuma).
O clichê mais desgastado do jornalismo é que ele está mudando muito e rapidamente.
Enquanto quase todo o mundo repete o mantra, alguns alongam a vista e lançam opiniões, previsões e análises. Tem de tudo! Há quem preveja dia, mês, ano e horário em que os jornais pararão de circular; há os que se apeguem às rotativas e às broadcasting com todo o fervor; e há ainda os que culpam as redes sociais pelo colapso da cultura, da civilização e de toda a humanidade.
No mar dos profetas, volta e meia, aparece quem tenha algo robusto e interessante a dizer. Foi assim no ano passado quando C.W. Anderson, Emily Bell e Clay Shirky produziram um alentado relatório sobre o tema para o Tow Center for Digital Journalism da Escola de Jornalismo da Universidade Columbia, uma das mais prestigiadas do mundo. Sob o título “Jornalismo Pós-Industrial”, o documento é o que os autores chamaram de um ensaio para tentar entender o que se passa no mundo do jornalista, entre os profissionais e organizações a que se dedicam a isso, e ao entorno (o que é mais impressionante!).
O documento tem 60 páginas em média e pode ser acessado na íntegra (em PDF e em inglês aqui ou em espanhol aqui). Uma versão para o português foi especialmente traduzida por Ada Félix para a Revista de Jornalismo ESPM. O Observatório da Imprensa reproduziu essa versão em capítulos, que você pode acessar aqui: Introdução (Adaptação aos novos tempos), capítulo 1 (Os jornalistas), capítulo 2 (As instituições), capítulo 3 (O ecossistema) e conclusão (Movimentos Tectônicos).
O jornalista Carlos Castilho, colunista do Observatório, publicou em seu blog dois posts que oferecem um bom resumo do documento (aqui e aqui), mas se você é jornalista, pesquisador, estudante da área ou apenas um interessado no assunto, NÃO DEIXE DE LER o trabalho de cabo a rabo. Claro, faça os devidos descontos: foi elaborado a partir de referências e especialistas norte-americanos e reflete o estado da coisa por lá; é composto por análises, mas também por uma boa dose de futurologia; não tece considerações a longo prazo (sabiamente!); não tem caráter científico, embora se apoie em alguma metodologia… Particularmente, senti falta também de ponderações mais amplas e aprofundadas sobre aspectos éticos na profissão e para os usuários em geral, mas isso é uma cisma minha…
De qualquer maneira, “Jornalismo Pós-Industrial” é hoje uma leitura obrigatória para a área. Não chega a ser um mapa que nos guie para fora da alardeada crise. Não chega também a ser uma bíblia cuja leitura esconjure as muitas ameaças que nos rondam. Mas é um esforço sistematizado, equilibrado e atualizado não apenas dos tremores que nos assustam, mas das muitas oportunidades que se descortinam. Só por isso já vale a pena conferir…
O Observatório da Ética Jornalística (objETHOS) retoma suas atualizações semanais hoje com um comentário que fiz sobre o uso de drones por organizações jornalísticas. Os drones são aqueles aviões-robôs, veículos aéreos não tripulados, criados com objetivos militares, mas já devidamente apropriados para outros fins, inclusive os jornalísticos. Meu comentário (que você pode ler na íntegra aqui) aborda cinco questões éticas para o jornalismo…
Responda rápido: o que há de comum entre Aaron Swartz, Bradley Manning, Julian Assange e Edward Snowden?
Muitas coisas ligam esses nomes, a começar pelo fato de que usam a internet para revelar informações e fatos que muitos tentam ocultar. Mas não só isso. Nenhum deles tem mais de 45 anos, e todos pertencem a gerações diretamente afetadas pelas novas tecnologias de informação e comunicação. Todos desafiaram agências de inteligência e o governo norte-americano trazendo à luz iniciativas mesquinhas, neuróticas e moralmente questionáveis.
Bradley Manning é o ex-oficial acusado de ter vazado centenas de milhares de dados sigilosos dos Estados Unidos e que municiaram o WikiLeaks no maior escândalo da história da diplomacia mundial. Foi caçado, preso e está sendo julgado por diversos “crimes”, entre os quais “traição”. Ele tem 25 anos e exibiu uma face simplesmente abjeta do Império. Pode pegar prisão perpétua.
Por falar em WikiLeaks, seu líder, o australiano Julian Assange, também encarou o Monstro. Foi perseguido por norte-americanos, suecos e ingleses e ficou detido em prisão domiciliar. Para além dos vazamentos que constrangeram diplomatas e poderosos, mostrou como helicópteros Apache metralharam civis e jornalistas em suas ações “táticas”. Refugiou-se na Embaixada do Equador em Londres. Precisa viver clandestino para sobreviver. Nada nem ninguém podem garantir isso.
Aaron Swartz era um prodígio da web e tinha colaborado diretamente com algumas das soluções mais inteligentes e solidárias para compartilhamento de informação e conhecimento. Foi perseguido pela justiça norte-americana por ter “roubado” milhões de artigos científicos em bases de dados por assinatura. Detalhe: a maioria das pesquisas relatadas naqueles artigos havia sido financiada por recursos públicos, mas mesmo assim as tentaculares empresas do ramo cobram pelo acesso a esses textos, e os seus autores nada ganham com isso… Aaron foi perseguido, preso, acusado por diversos “crimes” e ameaçado a pegar 35 anos de prisão mais multa milionária. Tinha 26 anos e não suportou a pressão, e se suicidou em janeiro deste ano.
Edward Snowden é a bola da vez. O ex-assistente técnico da CIA denunciou os sistemas de vigilância interna dos Estados Unidos a telefones e emails. Jogou um facho de luz sobre o rosto do Big Brother. Republicanos e democratas se alternam nas condenações ao ato antipatriótico do rapaz, que precisou sumir. Nada nem ninguém pode garantir sua integridade física diante da caçada que se anuncia.
As campanhas difamatórias aos quatro sujeitos acima aconteceram nos últimos cinco anos. As perseguições não foram perpretadas por George W.Bush ou Ronald Reagan, mas por Barack Obama, o democrata, sedutor, liberal e popular presidente da era das redes sociais. A instauração do terror virtual, a truculência e o abuso de poder vêm de um governo supostamente mais conciliador que o isolacionista anterior. Vem de um presidente jovem, com uma biografia admirável, que já ganhou o Nobel da Paz e que sinalizava uma transformação real no panorama das relações globais.
Não, isso não é um filme de ficção. A neutralidade da rede está em perigo, a internet como arena global corre riscos reais, e os usuários do sistema estão sendo monitorados, quando não criminalizados, oprimidos e eliminados. A inocência é uma palavra amarelada no dicionário, mas a política é um instrumento movido a ideias, palavras e ações. A política se faz nas ruas e diante dos teclados. Como a ética, a lei e a guerra, a política é uma invenção humana para buscar o equilíbrio. Arregace as mangas, então!
Lembra do livro do John Reed? “Dez dias que abalaram o mundo” trazia um relato pungente e testemunhal da revolução de 1917 na Rússia. É obra importante e influente do jornalismo. Pois o Instituto Reuters para Estudo do Jornalismo acaba de lançar um relatório de pesquisa cujo título lembra bastante o livro de Reed: “Dez anos que chocaram o mundo da mídia”.
O estudo se debruça sobre a primeira década deste século e milênio, observando os mercados de seis democracias fortes e ricas e dois países emergentes, um deles o Brasil. São 75 páginas, em inglês, formato PDF e com arquivo de 4,8 megas de tamanho. Acesse aqui.
(cabalístico: este é o post número 2012 deste blog…)
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O Centro de Pesquisa Comunicação e Trabalho (CPCT) realizará o Ciclo de Seminários As Mudanças no Mundo do Trabalho dos Jornalistas para divulgar os resultados da pesquisa O perfil do jornalista e os discursos sobre o jornalismo. Um estudo das mudanças no mundo do trabalho do jornalista profissional em São Paulo, realizada entre 2009 e 2012 com apoio da FAPESP. Este Ciclo de Seminários propõe-se a discutir sobre o perfil dos jornalistas a partir do ponto de vista do profissional sobre o seu trabalho. Os dados sobre o perfil e as falas dos jornalistas profissionais foram coletados durante o desenvolvimento do projeto.
A pesquisa realizou o estudo proposto a partir do binômio comunicação e trabalho, o qual mobiliza o ponto de vista da atividade humana (ergológica) para entender as práticas profissionais no contexto da fusão de mídias e de relações de trabalho cada vez mais precárias. O projeto abordou o objeto empírico – amostra de jornalistas profissionais em São Paulo – a partir de métodos quantitativos e qualitativos, e os dados foram analisados por meio da Análise do Discurso.
Obtém-se como resultado um mapa do perfil do profissional de jornalismo e o ponto de vista deste profissional sobre seu trabalho, para que se possa entender qual o compromisso dele com o direito à informação, bem como poder traçar caminhos mais profícuos para a sua formação universitária. Neste Ciclo serão apresentados o desenvolvimento e os resultados da pesquisa, além de contar com a participação do jornalista Luciano Martins Costa no dia 08/10 e dos Professores Rogério Christofoletti (no dia 18/10) e Jacques Mick no dia 23. Nos três dias o evento contará com a presença dos professores Roseli Fígaro (ECA/USP, coordenadora do CPCT e da pesquisa), Maria Aparecida Baccega (vice-coordenadora do CPCT, ECA/USP e ESPM) e José Coelho Sobrinho (ECA/USP). Veja a programação completa:
Seminário O Mundo do Trabalho dos Jornalistas
Coordenadora:
Roseli Fígaro – Profa. Livre-docente do Departamento de Comunicações e Artes da ECA/USP, coordenadora do CPCT.
Convidados:
Luciano Martins Costa: 8/10 (segunda-feira) no Centro Universitário Maria Antonia USP (Rua Maria Antonia, 258 e 294, Vila Buarque), SP
Rogério Christofoletti: 18/10 (quinta-feira) na ECA/USP – Auditório Lupe Cotrim (Av.Prof. Lucio Martins Rodrigues, 443, 2ºandar)
Jacques Mick: 23/10 (terça-feira) na ECA/USP – Auditório Lupe Cotrim (Av.Prof. Lucio Martins Rodrigues, 443, 2ºandar)
Debatedores (presentes a todos os eventos):
Maria Aparecida Baccega – Profa. Livre-docente, vice-coordenadora do CPCT da ECA-USP e orientadora no Programa de Mestrado em Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM.
José Coelho Sobrinho (Prof. Titular e chefe do Depto de Jornalismo e Editoração da ECA-USP).
Inscrições: grátis. Enviar e-mail para comunicacaoetrabalho@gmail.com com nome completo, contato e instituição/vínculo até a véspera do evento.
(reproduzido do site do grupo de pesquisa)