Até pouco tempo atrás, os Estados Unidos eram de longe os principais parceiros comerciais do Brasil. Acontece que o mundo gira e a China foi chegando, chegando… Tio Sam não gostou nadinha disso, já que nos últimos anos o Brasil de Lula foi tirando as manguinhas pra fora, estabelecendo uma política externa própria e procurando novos coleguinhas pra fazer negócios.
Foi só Lula se empirulitar do Planalto que Barack Obama desembarcou por aqui. Veio encantar a galera com sua família sadia, seu sorriso de playboy e seus acenos em câmera lenta. A missão diplomática foi um carnaval, teve encontros com empresários, festerês nas comunidades e reuniões com lideranças políticas. Os resultados concretos? Ainda não estão tão concretos.
Semanas se passaram e a China mostra a Obama como é que se faz. O carrancudo presidente não veio ao Brasil, não se preocupou em aprender meia dúvida de palavras em português – como fazem os astros de rock ou os papagaios -, mas foi bastante objetivo ao receber Dilma lá do outro lado do mundo: botou o dim-dim na mesa. Protocolos assinados projetam investimentos de US$ 18 bilhões em seis anos no Brasil com instalação de fábrica de alta tecnologia e criação possível de 100 mil empregos diretos.
Entendeu como são as coisas, Obama?
Como dizem na minha terra: “Meu filho, amigo é dinheiro no bolso”.