jornalistas e redes sociais: mais uma pesquisa

Estão lembrados do estudo que a ONG Artigo 19 fez recentemente sobre as relações entre jornalistas e redes sociais?

Pois o site Jornalistas da Web informa que mais uma pesquisa do tipo, e com profissionais brasileiros, está disponível, e ajuda a entender o tema. O levantamento foi feito pela PR Newswire e tem como amostra 305 jornalistas, que responderam perguntas pela internet entre março e abril deste ano.

Quer ver um resumo da pesquisa em PDF? Clique aqui.

Quer ver uma apresentação em slides? Clique aqui.

jornalistas e redes sociais: resultados de pesquisa

A divisão brasileira da ONG Artigo 19 já sistematizou os resultados que colheu na pesquisa que realizou com jornalistas abordando o tema das redes sociais. A amostra é de 150 jornalistas de 20 estados e os questionários foram aplicados em abril e maio de 2011.

Algumas questões abordadas:

  • As redes sociais favorecem a liberdade de imprensa?
  • Quais são os limites entre a identidade profissional e o perfil pessoal nas redes sociais?
  • Qual o uso profissional das redes sociais?
  • As redes sociais favorecem o jornalismo cidadão?
  • As redes sociais e blogs aumentam a transparência das empresas jornalísticas?
  • Os jornalistas de referência nas mídias tradicionais são os mesmos de referência nas redes sociais? Blogs e redes sociais favorecem que mais jornalistas se tornem famosos?
  • Como acontece a discussão sobre as políticas de comunicação e a imprensa nas redes
    sociais?

Veja os resultados em arquivo PDF, 11 páginas: aqui

A pesquisa Artigo 19 contou com apoio do escritório da Unesco no Brasil e com o Portal Imprensa.

revista mensal sobre redes sociais

Quem me avisou foi o Aldo Antonio Schmitz: nos Estados Unidos, vão lançar a The Social Media Monthly.

A revista terá versões em papel e eletrônica, a partir de setembro… e assinaturas pagas nos dois formatos.

Mais informações aqui.

contemporânea chama para textos sobre wikileaks

Reproduzo mensagem de André Lemos e Edson Dalmonte, editores da revista Contemporânea.

Edição – Agosto 2011
“WIKILEAKS – CIBERCULTURA E POLÍTICA”
A Revista Contemporanea lança um call for papers sobre o tema “Cibercultura e Política”, tendo como ênfase principal a discussão sobre o fenômeno “Wikileaks”. No final de 2010, o “Wikileaks” difundiu importantes e constrangedores documentos secretos que incomodaram as principais potências mundiais (EUA, China, França, GB) e alguns países emergentes, entre eles o Brasil. O papel das tecnologias de comunicação e informação (TICS) na reconfiguração do jogo político não é um fato novo, desde as ações ativistas e micropolíticas, até o uso por candidatos, políticos eleitos, partidos políticos, bem como governos e instituições públicas. O caso “Wikileaks” (“Wiki”, plataforma colaborativa online e “Leak”, vazamento, circulação de informação) é a mais nova faceta do ciberativismo global e coloca em discussão o papel do jornalismo, da diplomacia mundial e dos novos meios de comunicação. Segundo Manuel Castels, uma nova etapa da comunicação política foi inaugurada. A revista Contemporanea quer investigar essas questões.

Calendário:
Recebimento de artigos: até 31 de maio
Resultado da seleção: 20 de junho
Trabalho de revisão: 21 a 30 de junho
Publicação da Revista: 15 de agosto

facebook para educadores

Você é professor e quer se aproximar (mais) do universo dos seus alunos?
Vê que eles frequentam, vivem e convivem nas redes sociais e que estar por lá também pode ajudá-lo pedagogicamente?

Então, dê uma olhada neste documento que orienta professores no uso do Facebook…

jornalistas e redes sociais: uma pesquisa

O escritório da UNESCO no Brasil, o Portal Imprensa e a ONG Artigo 19 estão aplicando uma pesquisa online sobre jornalismo e mídias sociais. Segundo os promotores, a divulgação dos resultados da pesquisa vai fazer parte das atividades de celebração do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa no Brasil, em 3 de maio.

“O objetivo da pesquisa é identificar desafios e possibilidades do uso de redes sociais para o exercício do jornalismo”, informam os realizadores. A pesquisa é aplicada por meio de um formulário eletrônico, com 32 questões bem diretas, e que não duram muito para serem concluídas. As respostas podem ser anônimas.

Para participar, acesse http://artigo19.org/midiassociais/pesquisa

redes sociais, jovens e crianças

Orkut, Facebook e Twitter já são tão populares entre as novas gerações que parece que alguns bebês abrem suas contas nesses ambientes antes mesmo de fazer o teste do pezinho. Apesar do meu exagero, tem gente mais qualificada que se preocupa com o uso (ou intenso uso) das redes sociais por crianças e jovens.
É o caso da Academia Americana de Pediatria, que produziu e está circulando um estudo sobre o tema em seu periódico oficial. Em pauta, benefícios dos usos, impactos na aprendizagem, acesso a informações de saúde, ciberbullyng, pressões para o consumo, preocupações com a garantia da privacidade dos pequenos.

Tudo bem que a publicação é localizada – originária dos Estados Unidos -, mas pode servir como um bom roteiro para ser replicada em outras partes, inclusive aqui. (São 303 Kb, sete páginas, em PDF e em inglês)

Baixe!

 

tuitando do simpósio

Se você quer acompanhar à distância o 2º Simpósio de Pesquisa Avançada em Jornalismo do PosJor/UFSC, siga pelo twitter a hashtag #simposiopesqjor

 

 

novos tuíters e blogueiros

Atualizei há pouco os mapeamentos que vimos fazendo sobre pesquisadores lusófonos da Comunicação que mantêm blogs e pesquisadores da área que estão no Twitter. A primeira lista já foi atualizada 45 vezes e agora tem 215 blogs de Brasil e Portugal. A segunda está na 40ª versão e conta com 360 tuíters.

Pesquisadores da Comunicação no Twitter: aqui

Lista lusófona de blogs da Comunicação: aqui

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

filosofia 2.0 e redes sociais

Acontece hoje e amanhã na Universidade Nacional Autônoma do México o 1º Encontro Filosofia 2.0 e Redes Sociais.

Confira a programação:

Hoje, 14
Comunicações tradicionais: 10h-12h

  • Miguel Angel Cabrera Sanchez. “Redes sociales, caos y Tecnopolítica. Tradicional”
  • Marco Antonio Godínez Bustos. “La proliferación digital del discurso y el futuro de la filosofía”
  • Adriana Romero Villegas. “Sobre el Ciber-Café-Philos y la filosofía de autoayuda”. Benemérita Universidad Autónoma de Puebla.
  • Carlos Alberto Pineda Saldaña. “Lebenswelt 2.0”


Comunicações dinâmicas: 12h – 14h

  • Mauricio Sosa. “Debate sobre las aporías de la democratización en las redes sociales”
  • Oscar Santana. “Algunas consideraciones en torno a la relación entre Filosofía, Redes Sociales y Bibliotecas digitales”
  • Leticia Flores Farfán: “Estrategias Contemporáneas de lectura de la antigüedad grecorromana”

Pausa

Apresentações de ferramentas: 17h – 19h

  • Antonio Salgado. “Ambientes colaborativos y documentales”
  • Talía Elizabeth Morales. “Revista AIon.mx”
  • “Círculo de estudios de la filosofía Mexicana”

Amanhã, 15
Comunicações dinâmicas: 10h-12h

  • Isabel Galina. “Publicaciones digitales”
  • Ernesto Priani. “Micro filosofía”
  • Ramos Chaverry Soto. “Redes sociales y procesos de subjetivación”
  • Daniela Michel. “Alcances y limitaciones de Wikipedia para laformación digital del alumno”

Comunicações tradicionais: 12h-14h

  • Edith Gutiérrez Cruz. “Hay un ethos en Twitter”
  • Francisco Javier Montes. “Redes sociales: evolución y alteración mental y cerebral”
  • Alberto Constante: “Escrito en Twitter”
  • Raúl Trejo Villalobos y Rebeca Garzón Clemente, “Hacia una clasificación de los sitios WEB especializados en Filosofía (En lengua Española)”

14h: Encerramento

wikileaks e a liberdade na web: grátis!

A editora Graciela Selaimen, do Nupef, informa que acaba de sair mais uma edição da revista poliTICs, agora com o tema Wikileaks e a liberdade da web: ataques e resistências.

A publicação pode ser acessada gratuitamente aqui.

Veja o sumário

>Algumas lições importantes que o caso Wikileaks ensina – Graciela Selaimen

>Por que o Wikileaks polariza a política de internet norte-americana – Milton Mueller

>Ética jornalística, novas mídias e eleições no Brasil – Rogério Christofoletti

>Lanhouses no Brasil: desafios a enfrentar – Alexandre Fernandes Barbosa e Winston Oyadomari

>A Lanhouse nas palavras de quem faz – Mario Brandao

>Wikiliquidação do Império? – Boaventura Souza Santos

>Qual o potencial de uma rede? – Alexander R. Galloway

campus party corre perigo

Como nos três anos anteriores, a Campus Party Brasil conseguiu reunir milhares de aficionados por tecnologia, gerou mídia para as empresas do setor, movimentou um pouquinho as redações com pautas leves e popularizou o evento. Mas não parece ter ido além disso. Pelo menos foi o que percebi daqui, a 550 quilômetros. Sim, não fui a Campus Party este ano e acompanhei o evento pela mídia convencional e pelas redes sociais.

O que eu quero dizer? Quero dizer que, a exemplo do Fórum Social Mundial, a Campus Party Brasil corre perigo. Não de acabar ou de se desintegrar. Mas de se acomodar a ser apenas um evento, apenas um happening (empresto a palavra de Beth Saad). É claro que o FSM e a CP são ocasiões muito distintas em formato, alcance e propósito. Enquanto o FSM se propõe apresentar alternativas para uma alternativa global, principalmente no que tange aspectos econômicos, políticos e sociais, a CP é mais uma festa tecnológica, restrita aos países que a realizam. O FSM quer pensar e construir um novo mundo. A CP não necessariamente. Mas como posso compará-los?

Aproximo os dois eventos por considerá-los bastante importantes e oportunos. É realmente relevante debater soluções para os problemas da humanidade num momento de consumo exacerbado, de inchaço populacional, de impactos ambientais altamente agressivos, de injustiça social e de desequilíbrio econômico. Mas também é importante trocar experiências sobre tecnologia, apontar tendências de uso/apropriação de equipamentos e sistemas, debater impactos na sociabilidade e na comunicabilidade em tempos como os nossos. Daí que acho que a Campus Party – e o FSM – não podem se resumir a eventos que juntam tribos.

Há algum tempo, os organizadores do Fórum Social Mundial são cobrados pela mídia e por outros setores a apresentar resultados mais palpáveis das discussões. Questiona-se para onde o FSM leva; pergunta-se que “outro mundo possível” é este. Apesar de incômodas, essas perguntas são importantes, inclusive para que os organizadores revejam a trajetória do evento e trabalhem para que ele se mantenha importante e oportuno.

O mesmo vale para a Campus Party. Para onde ela vai? Para que direções aponta? O que é a Campus Party hoje além de uma ocasião geradora de mídia para as empresas de telefonia? Tem sido um momento de prospecção de talentos, de inovações, de empreendedorismo efetivo e influente? Ou, mudando um pouco o discurso, o que a Campus Party Brasil quer ser daqui a cinco anos?

É preciso se reinventar.

Eu sei que a CP é uma desconferência, um encontro mais informal e com propósitos mais amistosos. Isso por parte dos participantes. Não dos patrocinadores. Eles não querem apenas a amizade e a admiração dos milhares de nerds e geeks. Eles querem fidelizar suas marcas, querem ampliar seus públicos consumidores, querem se descolar dos concorrentes e se fixar no imaginário dos consumidores, de maneira que isso resulte em lucros e vitalidade empresarial. Os organizadores da Campus Party querem o que com o evento? Não sei dizer, mas gostaria muito de saber.

Diferente de há vinte anos, hoje, ser nerd é estar de alguma forma na moda. Há uma popularização do estilo geek de ser. Desktops, notebooks, netbooks, palmtops, smartphones, Iphones, Ipads e outras traquitanas estão se disseminando e facilitando usos variados. Eventos como a Campus Party são bem-vindos, mas não podem se limitar a ser vitrines; precisam ser arenas e laboratórios. Vitrines funcionam apenas como instigadoras do consumo; arenas permitem a discussão e o debate; laboratórios incentivam a busca de soluções. A Campus Party pode mais do que simplesmente reforçar o estereótipo de seus participantes – sujeitos sem vida social, afundados em seus computadores -, pode mais do que gerar imagens curiosas – como os computadores tunados – e pode mais do que criar mídia espontânea para construtores de máquinas e provedores de acesso. Se esta é a idade do conhecimento, se vivemos nas sociedades da informação, se os nerds estão no poder, se a tecnologia é uma determinante na distinção entre as civilizações do momento, penso que não é muito esperar mais do principal evento tecnológico do país…

estudos de gêneros textuais: um evento

Minha amiga Ana Elisa Ribeiro, a @anadigital, me informa de um evento imperdível para quem edita, escreve, pesquisa e trabalha na área de livros e publicações: o Simpósio Internacional de Estudos de Gêneros Textuais, o Siget.

O evento realiza sua sexta edição entre 16 e 19 de agosto na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal. Mas as inscrições se encerram agora no dia 16.

Mais detalhes: http://www.cchla.ufrn.br/visiget/

mídias sociais, o vídeo em português

regulação da mídia: um evento para se acompanhar

mas, afinal, quem está blogando?

Lembra quando os blogs surgiram e os compararam a diários íntimos juvenis? Isso foi há pouco mais de dez anos, o que nesses tempos equivale a uma era inteira. O fato é que, hoje, o perfil do blogueiro está muito longe desse esteriótipo. O blogueiro médio é adulto, tem entre 25 e 45 anos, é homem, japonês e atualiza seu blog semanalmente, quase sempre por diletantismo. Esses dados podem ser conferidos nas pesquisas mais recentes sobre a blogosfera que hoje congrega algo em torno de 150 milhões de blogs, conforme relata Fernando Tellado no CiberPrensa.

Um infográfico produzido pela equipe do Infographiclabs.com para o The Blog Herald ilustra muito bem como a coisa está. Entre os dados que me chamam a atenção: o inglês não é a língua mais blogada; tem mais conteúdos em italiano e espanhol do que em português; blogs de notícia e tecnologia são os maiores do pedaço. Confira você mesmo!

jornalismo em rede, e redes sociais no jornalismo convencional

Os grupos de mídia brasileiros demoram pra se mexer.

O jornal mais influente do país – a Folha de S.Paulo – só foi perceber que as mídias sociais podem ajudar seus canais convencionais de jornalismo há pouquíssimo tempo. Com isso, há três meses apenas, criou a função de editor de mídias sociais, cargo para coordenar ações nesses vetores. Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, os britânicos não só absorvem o poder das redes há mais tempo como já dispõem de estudos interessantes para gestores, jornalistas e estudiosos. Cito dois casos bem recentes e cujos resumos executivos que podem ser lidos rapidamente. Em The value of networked journalism, Charlie Beckett avalia como o jornalismo praticado em rede já faz parte da mídia mainstream da Inglaterra e como ele agrega valores para os meios convencionais. A publicação tem 20 páginas, e é resultante de uma conferência que reuniu o BBC College of Journalism, o Channel 4 TV, entre outros, em junho passado

Accountability through Social Media at the BBC é um resumo de um trabalho assinado pela Unthinkable Consulting e data de abril deste ano. A empresa avalia e sugere ações de como a poderosa BBC deve atuar com transparência em redes e mídias sociais. A publicação tem quatro páginas, e as preocupações ali esboçadas poderiam ser parcial ou integralmente assimiladas pelos grupos de mídia brasileiros…

(as dicas vieram de @agranado)

perspectivas da comunicação digital, o livro

As pesquisadoras Maria Clara Aquino, Sandra Montardo e Adriana Amaral lançam durante o Intercom, em setembro, o e-book Intercom Sul 2010: perspectivas da pesquisa em comunicação digital, obra que reúne alguns dos estudos mais importantes na área da cibercultura no país e que vem reforçar a bibliografia nacional. O prefácio é de Fátima Reges, professora da UERJ.

Quer uma prévia? Veja o Sumário:

Introdução – Adriana Amaral (Unisinos), Maria Clara Aquino (ULBRA/UFRGS) e Sandra Montardo (Universidade Feevale)

Parte 1 – Lugares, ciberespaço e mobilidade

Neo-pragmatismo no ciberespaço – Hans Peder Behling (UNIVALI/FURB)

Em Busca do Território Virtual: dos Lugares Concretos para os Lugares Virtuais – Rebeca Recuero Rebs (Unisinos)

Jornalismo colaborativo: uma leitura do imaginário de Porto Alegre através da plataforma Locast – Ana Cecília Bisso Nunes, Priscilla Guimarães e Eduardo Campos Pellanda (PUCRS)

Novas tecnologias móveis: aspectos sobre o leitor e as redes sociais na Pós-modernidade – Sandra Henriques (PUCRS)

Parte 2 – Identidades, informação, jogos on-line e moda nos sites de redes sociais

Sujeito Pós-moderno, Identidade Múltipla e Reputação nas Mídias Sociais – Sandra Bordini Mazzocato (PUCRS)

Do Boato à Notícia: Considerações sobre a Circulação de Informações entre Twitter e Mídia Online de Referência – Gabriela Zago (UFRGS)

Das folhas de papel para o universo digital: o jogo “Stop” agora em game on-line – Marcos Leivas (UCPEL)

Desfiles de Moda na Era da Informação – Cynthia Hansen (IBES/UNIFEBE) e Hans Peder Behling (Univali/FURB)

Moda enredada: um olhar sobre a rede social de moda LookBook.nu – Daniela Hinerasky (PUCRS/UNIFRA) e Elisa Fonseca Vieira (UNIFRA)

Parte 3 – Blogosfera e cenários de convergência no jornalismo e na televisão digital

Estudo sobre a autoria dos 50 blogs brasileiros mais populares de 2009 –Laura Andrade e Alex Primo (UFRGS)

Cenário de convergência, impactos no webjornalismo e o caso Clarín.com – Andréa Aparecida da Luz (UFSC)

O uso do Hipertexto em Blogs de Jornais Online – Paolla Wanglon (UFSM)

A Colaboração entre jovens viabilizada pela Internet: uma análise dos casos Harry Potter e The Sims – Erick Beltrami Formaggio (IBGEN) e Mariana Corrêa de Oliveira (UFRGS)

Que TV é essa que agora tem de transmissão digital? Como ficam as especificidades da televisão em um ambiente de convergência – Simone Feltes (UNISINOS)

De I Love Lucy à Lost: Aspectos Históricos, Estruturais e de Conteúdo das Narrativas Seriais Televisivas Norte-Americanas – Maíra Bianchini dos Santos (UFSM)

Parte 4 – Conhecimento e comunicação organizacional na Web

Podcast: O Universo Midiático em Sala de Aula – Daniele Cristina Canfil, Diana Rocha e Camila Candeia Paz Fachi – (UnC – Concórdia)

Arquitetura da participação, construção de conhecimentos e ecologia cognitiva na web 2.0 – Aline de Campos (UFRGS)

Comunicação Organizacional Multimídia: um estudo de Websites Universitários – Giane Fabrine Stangherlini, Taís Steffenello Ghisleni e Angela Lovato Dellazzana (UNIFRA)

Redes Sociais na internet como ferramenta de gestão de relacionamento entre empresa e consumidor do ramo alimentício – Caroline Dias da Costa (FEEVALE)

Comunicação Corporativa Digital via Twitter: uma Leitura Funcionalista – Andressa Schneider, Nadia Garlet e Elisângela Mortari (UFSM)

hacking em 10 links

Ainda não se desfez o mal entendido sobre a palavras “hacker”. Muita gente ainda vê nela um tom pejorativo e uma semântica que aponta para a violação de sistemas e o crime cibernético. Se você pensa que hackers são sempre assim, melhor dar uma passada nos links a seguir. Você tem dez chances de mudar de ideia:

ferramentas google para jornalistas

O jornalista colombiano Mauricio Jaramillo produziu e disponibilizou um Guia de Ferramentas Google para Jornalistas. São 50 páginas e um arquivo em PDF de 9,3 Mega. É útil, é prático e pode lhe servir. Baixe aqui.

(Dica da @lauraseligman)

pare tudo e veja esses 7 links

Fiz uma rápida faxina na gaveta de links, e esses aí embaixo não podem deixar de ser conferidos.

Aproveite!

para americanos, blogueiro = jornalista

Um estudo recentíssimo mostra que 52% dos blogueiros norte-americanos se consideram jornalistas. O levantamento é da PR Week e da PR Newswire. Essa sensação de equivalência era menor no ano passado: um em cada três blogueiros se achavam jornalistas.

Claro que cada caso é um caso, e que a pesquisa é concentrada no complexo ambiente dos Estados Unidos. De qualquer forma, os indicativos nos permitam pensar e discutir em torno das aproximações cada vez mais inevitáveis entre jornalistas e blogueiros. O combustível para essa atração e confusão de papéis atende pelo nome de Redes Sociais. Elas têm chacoalhado as relações profissionais não apenas na Comunicação, mas também na Educação.

Nas páginas finais de meu “Ética no Jornalismo”, eu projetava movimentos convergentes de uma ética jornalística tradicional e de uma ética hacker, cada vez mais influente. Está em curso. Aperte os cintos porque não é apenas a paisagem da janela que está mudando; nosso ônibus já não é mais o mesmo…

o twitter e a demissão do jornalista

Nesta semana, uma notícia causou tremores e ranger de dentes nas redações e nas redes sociais. A Editora Abril demitiu o jornalista Felipe Milanez – até então editor da National Geographic Brasil – por postar tweets críticos à outra revista do mesmo grupo, a Veja.

É claro que o acontecido varreu a internet brasileira como um rastilho de pólvora e provocou reações as mais variadas: houve surpresa, inconformidade, críticas ao próprio jornalista e contestações. Mas a decisão da Abril é irrevogável e os danos irreversíveis, de um lado e de outro. Dentro da Abril, a estupefação de que havia amigo na trincheira; fora do colosso da marginal, queixas de perseguição à livre expressão e tal.

Mas o fato é que o episódio traz velhas e novas lições.

1. As redes sociais inspiram o compartilhamento de conteúdos, de ideias, de sentimentos, de opiniões, mas essa troca provoca consequências, e a mais evidente delas é a contrariedade. Basta criar, por exemplo, uma comunidade no Orkut manifestando a admiração de alguém que logo surgirão comunidades análogas “combatendo” esse pensamento. Basta opinarmos num blog sobre algo que rapidamente leitores deixarão comentários rebatendo nossos argumentos.

2. Nas redes sociais, parece que estamos pensando alto. Mas na web como a conhecemos agora, pensar alto é dividir. E esse compartilhamento se dá no âmbito público e não mais privado. Por isso, toda queixa, ataque ou admoestação pode sim ser rapidamente encontrada, rastreada e, claro, combatida.

3. De nada adianta que eu tenha o meu perfil pessoal numa rede social se nele faço constar também minhas atividades sociais, públicas, funcionais. Isto é, não basta que o jornalista argumente que postou críticas em sua página pessoal se nela, seu perfil afirmava sua condição de editor de tal ou qual publicação. Nas redes sociais, pessoa física e pessoa jurídica se confundem…

4. As redes sociais facilitam muitíssimo a formação de grupos, de elos sociais, mas não isentam as preocupações que temos em outras esferas, principalmente com relação à privacidade. É sim importantíssimo que reflitamos sobre a administração da própria intimidade na internet. O usuário do sistema precisa escolher o que vai mostrar em público; precisa atentar para o que quer manter sigiloso, recluso, discreto. E talvez essa seja a lição mais contundente deste episódio (e de outros também): precisamos cuidar daquilo que somos e daquilo que projetamos nas redes.

Esta é uma questão de cunho moral, não se enganem. É uma questão que envolve valores, que afeta condutas, enfim, que mexe diretamente com a relação que as pessoas estabelecem com as demais. Que o infeliz episódio que custou o emprego de Felipe Milanez nos motive a discutir e refletir mais sobre a rede que estamos tecendo todos juntos.

comentários no twitter derrubam jornalista

Alguém mais esperto que eu já disse que tuitar NÃO é pensar; é pensar alto. E pensar alto na web é compartilhar…

Veja (desculpe o trocadilho), mas veja o caso do jornalista que perdeu o emprego por detonar a Veja no seu twitter…

(matéria de Eduardo Neco, do Portal Imprensa, com colaboração de Ana Ignacio)

O jornalista Felipe Milanez, editor da revista National Geographic Brasil, licenciada pela editora Abril, foi demitido nesta terça-feira (11) por ter criticado via Twitter a maior publicação da casa, a revista Veja.

Milanez, na National desde outubro de 2008, publicou, em seu perfil no microblog, comentários a respeito da reportagem “A farsa da nação indígena”, veiculada na última edição da revista. “Veja vomita mais ranso racista x indios, agora na Bolivia. Como pode ser tão escrota depois desse seculo de holocausto? (sic)”, escreveu em post no último domingo (9).

Em mensagem no mesmo dia, Milanez complementou dizendo que ignorava a Veja, mas “racismo” da publicação fez com que se manifestasse. “Eu costumava ignorar a idiota Veja. Mas esse racismo recente tem me feito sentir mal. É como verem um filme da Guerra torcendo pros nazistas (sic)”.

Em entrevista ao Portal IMPRENSA, Milanez admitiu que fez observações contundentes sobre a publicação, mas que foi surpreendido pela demissão. “Fui bem duro, fiz comentários duros, mas como pessoa; não como jornalista. Fiquei pessoalmente ofendido [com a reportagem]. Mas estou chateado por ter saído assim. Algumas frases no Twitter acabaram com uma porrada de projetos”, lamentou o ex-editor.

A decisão de demitir o jornalista, segundo ele, teria vindo diretamente de setores da Editora Abril ligados à revista Veja e repassada aos responsáveis pela National Geographic. “Não sei quem decidiu e como”, disse.

O redator-chefe da National, Matthew Shirts, confirmou à reportagem que Milanez foi demitido pelos comentários no Twitter. “Foi demitido por comentário do Twitter com críticas pesadas à revista. A Editora Abril paga o salário dele e tomou a decisão”, disse.

Ao ser questionado se concordava com a demissão do jornalista, Shirts declarou que “fez o que tinha que fazer exercendo a função”.

twitter é jornalismo?

Hoje, notícias são como o ar; elas nos rodeiam, estão em toda a parte. As redes sociais radicalizaram essas possibilidades, e o Twitter – o recente maior fenômeno – ajuda a confundir o que é informação do que é jornalismo…

Conversação distribuída, notícia como experiência social, Twitter como ambiente jornalístico, todas essas ideias estão em “From TV to Twitter: how ambiente news became ambient journalism”, artigo do professor Alfred Hermida, veterano jornalista da BBC e hoje professor assistente da Escola de Jornalismo da University of British Columbia (Canadá).

Vale ler e pensar…

congresso de ciberjornalismo no porto faz chamada de trabalhos

Reproduzo o comunicado lançado há pouco:

A organização do II Congresso Internacional de Ciberjornalismo, marcado para 09 e 10 de Dezembro de 2010 na Universidade do Porto, convida os investigadores interessados a remeter, até 15 de Julho, propostas de comunicações a apresentar no Congresso.

As comunicações deverão versar sobre Ciberjornalismo, com especial preferência pelos tópicos deste II Congresso:
– Modelos de negócio para o jornalismo na Internet
– Redes sociais e ciberjornalismo

As propostas devem ser enviadas para obciber@gmail.com, em Português, Espanhol ou Inglês. Cada proposta deve contemplar uma descrição de 400 a 500 palavras, que inclua, designadamente, o tópico e relevância do mesmo, hipótese ou argumento, moldura conceptual e metodológica, resultados previstos e até 5 palavras-chave. Cada proposta deve ser acompanhada de uma folha de rosto separada, para blind-review, apenas com nome(s), filiação institucional e endereços postal e electrónico do(s) autor(es).

As propostas serão avaliadas pelos membros da Comissão Científica do Congresso, devendo o resultado ser comunicado a todos os autores até 15 de Setembro.

Os autores das propostas aprovadas comprometem-se a enviar as comunicações completas até 31 de Outubro. As melhores comunicações serão publicadas na revista Prisma.com – http://prisma.cetac.up.pt/.

As taxas de inscrição são iguais às praticadas no I Congresso – http://cobciber.wordpress.com/inscricao/.

O Congresso é organizado pelo Observatório do Ciberjornalismo (ObCiber) e pelo Centro para as Ciências da Comunicação (C2COM) da Universidade do Porto.

O programa do Congresso, em preparação, incluirá intervenções, já confirmadas, dos Profs. Marcos Palacios (Universidade Federal da Bahía), Elvira García de Torres (Universidad Cardenal Herrera), João Canavilhas (Universidade da Beira Interior) e Helder Bastos (Universidade do Porto).

como as universidades usam redes sociais?

O jornalista espanhol Pablo Herreros mostra como as mais prestigiadas universidades do mundo estão usando redes sociais como o Twitter e o Facebook. Mesmo apesar da resistência de uns, da ignorância de outros e da incompetência de alguns.

Conforme Herreros, nas redes sociais, as instituições…

  • compartilham informações e notícias próprias;
  • explicam o que fazem;
  • conectando sua comunidade entre si;
  • retransmitindo eventos ao vivo;
  • criando conteúdos exclusivos;
  • permitindo a criação de blogs para alunos;
  • estreitando relações com alunos, professores e funcionários…

Enfim, aprofundando a especialidade das redes: relacionamentos.

Saiba mais aqui.

uma rede social lusófona de pesquisadores de mídia e jornalismo

O colega Pedro Jerónimo acaba de criar uma rede social voltada a investigadores de Mídia e Jornalismo no Brasil e Portugal. A rede está “pendurada” no Ning e pode ser acessada aqui. Se você é mestrando, doutorando, pesquisador ou curioso sobre o assunto este deve ser um bom fórum a frequentar…

uma arca sem comandante: um desafio

Em novembro de 20o8, cidades do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, sofriam com enchentes, talvez as maiores da história naquela região. Chovia há dias sem parar e o solo encharcado não absorvia mais nada. A oscilação das marés impedia a vazão dos rios. A ocupação desordenada de morros e encostas e a impermeabilização dos terrenos foram outros componentes que ajudaram a produzir uma catástrofe que matou 135 pessoas.

Em Blumenau, um punhado de jornalistas, blogueiros e cidadãos comuns criaram o Alles Blau, um blog que conectou a cidade ao mundo, noticiando o que acontecia por lá quando os veículos convencionais de informação convulsionavam. Em Itajaí, um homem articulado e com um poder incrível de aglutinação criou uma rede social na internet que tinha como objetivo não apenas difundir informações, mas mobilizar a sociedade local para criar um efetivo sistema de defesa civil. O idealizador desta iniciativa é Raciel Gonçalves Jr., que tem um largo histórico de trabalho voluntário e de atuação em órgãos do poder público. A rede social era a Arca de Noé, evidente metáfora para um ponto de salvação diante de um dilúvio como o que testemunhávamos.

Desde o início, Raciel foi incansável: motivador, incentivador, concentrado e agregador. Criou para si um avatar, O Capitão, que moderava a rede, que a expandia e que convidava a tantos para não só subir ao convés, mas para integrar também a cabine de comando. Foi um belo trabalho!

Acabo de saber que O Capitão se demitiu. Não por cansaço ou por frustração. Mas porque uma rede social precisa ser descentralizada, precisa ter muitos nós operantes e planejantes, e porque o Raciel está assumindo novos desafios. A Arca de Noé está sem comandante, mas não está à deriva. Há muita gente por lá ainda e a força e a capacidade de trabalho e engajamento deles não há de fazer a arca parar. Modestamente, estive no convés algumas vezes, mas minha volta a Florianópolis naturalmente me afastou de Itajaí. Eu ainda sigo a Arca de Noé, sigo amigos e colegas em seus blogs e sites, e ainda tenho raízes na cidade-peixeira. Não poderia deixar de registrar minha admiração pelo trabalho de Raciel – a quem sequer conheço pessoalmente! – e não poderia deixar de torcer pela Arca. Que ela encontre um mar calmo, bons ventos e muitos entardeceres maravilhosos!

redes sociais e a academia

Que as redes sociais vieram pra ficar isso não é lá novidade. De passatempo de adolescentes à febre do momento, as redes sociais da internet tornaram-se um fenômeno hoje indiscutível no novo panorama (eu deveria usar o plural) da comunicação no mundo. O fato é que hoje é difícil encontrar quem não esteja conectado ou faça parte de alguma rede social. (Até a minha mãe está no orkut!)

E já não basta ter seu perfil no Facebook ou seu canal no YouTube. Cada vez mais, surgem as redes de nicho, conforme mostrou o IDGNow. Redes cada vez mais específicas, cada vez mais exclusivas. Ninguém escapa. Nem mesmo os sérios acadêmicos, os sisudos cientistas. No Brasil, a rede mais conhecida é um repositório de currículos, a Plataforma Lattes, do CNPq, que reúne mais de um milhão de páginas de pesquisadores de todas as áreas. O amontoado de currículos agora permite entrever conexões entre as pessoas, o que possibilita usar a plataforma como uma rede, como um “orkut acadêmico”. Mas este não é o único exemplo na área.

Conheci hoje o Mendeley, outra “researcher network”. Pelo que pude perceber, os europeus têm aderido mais a esta rede, e é possível não só se conectar a outros cientistas da sua área como também trocar textos e materiais. Mas para isso é preciso estar logado e baixar um aplicativo que permite o compartilhamento. Ficou curioso? Vá conhecer. Quem sabe a gente se encontra por lá…